Com base no sucesso de suas programações anteriores, incluindo uma série de webinars de capacitação, uma rede de jornalistas que trabalha para promover a diversidade, equidade e inclusão (DEI) na profissão irá realizar a terceira Conferência Latino-Americana sobre Diversidade no Jornalismo.
A Rede pela Diversidade no Jornalismo Latino-Americano (REDIPE, em espanhol) está organizando a conferência online gratuita de 20 a 21 de outubro de 2023. Ela é apoiada pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas. As inscrições são obrigatórias e já estão abertas.
A conferência, que será realizada em espanhol, se concentrará em cinco temas principais:
“Nosso objetivo é incorporar um ponto de vista transversal a esses tópicos, envolvendo jornalistas e especialistas que possam abordar essas questões a partir das perspectivas de gênero, da comunidade LGBTQ+, de iniciativas anticapacitismo, antirracismo e pró-diversidade”, disse a cofundadora da rede e jornalista peruana Lucia Solis.
A cofundadora e jornalista mexicana Mariana Alvarado também enfatizou a importância de incluir um ponto de vista transversal.
“Em vez de discutir temas por grupos [como em conferências anteriores], vamos falar sobre temas que afetam todos os grupos e de forma interseccional”, disse ela.
Alvarado disse que os organizadores da conferência foram motivados pelas sugestões dos participantes de conferências anteriores, pelo feedback de uma série de webinars realizados nos últimos 10 meses, por treinamentos personalizados realizados com veículos de comunicação e por reuniões mensais com os membros da rede.
O Centro Knight, com o apoio da Google News Initiative, organizou a primeira Conferência Latino-Americana sobre Diversidade no Jornalismo em março de 2021 e a segunda em setembro de 2022. Na verdade, a Rede para a Diversidade no Jornalismo Latino-Americano surgiu como uma ideia desta segunda conferência, disse Alvarado. Desde então, ela assumiu a função de organizadora desta terceira conferência.
A conferência de outubro contará com palestrantes de toda a região, que irão abordar questões LGBTIQ+ e de perspectiva de gênero, populações afrodescendentes, povos indígenas, pessoas com deficiência e migração.
“Na REDIPE, temos muita clareza sobre a importância de que as pessoas que praticam o jornalismo possam contribuir e crescer juntas. Nesta terceira conferência, decidimos que algo muito valioso era podermos nos reunir para aprender sobre os processos por trás dos projetos e reportagens jornalísticas”, disse Gogo Ortiz, cofundadora e ilustradora da rede.
“Cada painel é pensado a partir de uma perspectiva de diversidade para que possamos falar sobre os contextos que existem na América Latina, por isso procuramos jornalistas cujos trabalhos tenham novas narrativas, abordagens diferentes e que contem histórias de uma forma mais empática e humana, " ela continuou.
Para Solis, os esforços contínuos da DEI nas redações latino-americanas são de extrema importância.
“É absolutamente fundamental se quisermos continuar apoiando a transformação da cobertura e da dinâmica nas redações latino-americanas, [uma transformação] que está sendo reivindicada por atuais jornalistas, editores e outros profissionais dos meios de comunicação, bem como pelo público em geral", disse ela. “Como REDIPE LatAm, nosso objetivo é fornecer treinamento e orientação sobre diversidade, equidade e inclusão no jornalismo; também, para plantar a semente que iniciará conversas sobre a importância destes princípios na melhoria da qualidade do jornalismo, tornando-o mais diversificado, representativo e impactante, especialmente para comunidades vulneráveis”.
