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Brasil só perde para México em mortes de jornalistas na América Latina e ainda preocupa por "censura togada"

O Brasil ocupa o segundo lugar, empatado com Honduras e atrás apenas do México, no ranking de jornalistas assassinados na América Latina neste ano, divulgado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), informou a Folha de S. Paulo. Os números levam em conta somente os crimes ligados ao exercício da atividade jornalística.

Quatro jornalistas brasileiros, todos executados a tiros, são citados no relatório, Luciano Leitão Pedrosa (Pernambuco, em abril), Valério Nascimento (interior do Rio, em maio), Edinaldo Filgueira (Rio Grande do Norte, em junho) e Auro Ida (Mato Grosso, em julho).

Apenas nos sete primeiros meses de 2011, o continente já acumula um número de mortes superior ao somado nas últimas duas décadas, o que faz deste ano o mais trágico para a imprensa latino-americana. Os diretores da SIP expressaram "estado de alerta e preocupação" pelas mortes, noticiou a Folha.

Além da crescente violência, outro entrave à liberdade de imprensa no Brasil citado no relatório da organização é a "perseguição judicial" a jornalistas. A censura prévia ao jornal O Estado de S. Paulo é um conhecido exemplo do problema. O periódico está impedido há dois anos, completados no último domingo, 31 de julho, de publicar reportagens sobre Fernando Sarney, filho do presidente do Senado.

Em um caderno especial, o Estadão relembrou o caso e acrescentou que ao menos mais 17 veículos de comunicação sofreram “censura togada” (praticada via tribunais) nos últimos dois anos no país, de acordo com dados da Associação Nacional de Jornais (ANJ), da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da SIP. Em sua maioria, as ações judiciais atingem jornais ou blogs de jornalistas na internet.

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