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Corte Interamericana de Direitos Humanos julga Estado dominicano por desaparecimento de jornalista em 1994

A Corte Interamericana de Direitos Humanos vai julgar o Estado dominicano pelo desaparecimento do jornalista Narciso González, em 1994, durante o governo do presidente Joaquín Balaguer ((986-1996), informou o DiarioLibre.com.

González foi detido em 26 de maio de 1994, apenas um dia depois de denunciar fraudes nas eleições presidenciais daquele ano, segundo o Noticias Sin. “No dia seguinte, foi sequestrado e desaparecido”, disse Rafael Domínguez, da Comissão da Verdade, que representa a família da vítima.

O julgamento começou na terça-feira 28 de junho de 2010, com uma audiência pública, informou a agência AP.

De acordo com Ariela Peralta, advogada do Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (CEJIL), outra organização que representa a família do jornalista, o desaparecimento de González é uma "violação à liberdade de expressão", com o objetivo de "calar um ativista político opositor e um jornalista formador de opinião" em meio a um "regime de terror", noticiou a EFE.

Peralta também criticou a tentativa do Estado dominicano de fazer o desaparecimento do jornalista parecer um suicídio. "Após anos de luta, o Estado levanta a teoria de um suicídio, que nós descartamos, porque, em 17 anos, essa possibilidade nunca foi investigada", afirmou, citada pelo Diario@. "A Corte inclusive negou pedido de apresentação de testemunhas e documentos relativos a essa teoria de suicídio".

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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