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Cuba acusa jornalista da Reuters de espionagem

ATUALIZAÇÃO ABAIXO

TV estatal cubana acusou um ex-chefe de redação da Reuters de espionagem, por supostamente ter atuado como intermediador para a CIA, informou a Associated Press.

Anthony Boadle, que hoje é editor da Reuters em Washington, trabalhou para a agência de notícias em Cuba entre 2002 e 2008, período durante o qual teria publicado matérias" favorecendo" opositores locais e servindo "aos interesses dos EUA e da União Européia", segundo a TV cubana.

As acusações contra Boadle foram feitas no programa "Razões de Cuba", que aborda supostos complôs contra o país. A maioria dos episódios mais recentes tratou da dita "ciberguerra" dos EUA contra a ilha, explicou a AP.

A imprensa oficial cubana frequentemente chama a estrangeira de tendenciosa. O Granma, jornal do Partido Comunista, criticou, em fevereiro, um editorial do Wall Street Journal intitulado "Será Cuba o próximo Egito?". A CNN em Espanhol também foi criticada por divulgar que protestos semelhantes aos realizados no Egito estariam sendo planejados em Havana. As manifestações, porém, nunca aconteceram.

Além disso, em janeiro, a CNN em Espanhol foi banida da TV paga cubana, disponível em hotéis e para estrangeiros.

ATUALIZAÇÃO: Na terça-feira, a Reuters negou as acusações contra Boadle, informou a Associated Press.

"A Reuters nega as alegações apresentadas, apoiando-se em seus 160 anos de trabalho preciso e imparcial em Cuba e no mundo todo", disse Erin Kurtz, porta-voz da Thomson Reuters, citado pela Associated Press.

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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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