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Especialistas discutem medidas de proteção no ciberespaço no 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas

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  • 21 Maio, 2012

Durante o 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas, um painel de especialstas moderado pelo reconhecido jornalista peruano Gustavo Gorriti, diretor do IDL-Reporteros, advertiu que apesar da Internet ser um recurso imprescindível para os jornalistas, não deixa de ser uma poderosa ferramenta de ataque aos próprios jornalistas se não forem tomadas as devidas precauções. O painel, "Segurança e Proteção no Ciberespaço: Ameaças e vulnerabilidades enfrentadas por jornalistas e meios digitais", foi realizado nesta segunda, 21 de maio, como parte do Fórum, que continuará até esta terça, 22 de maio, em Austin, Texas.

Robert Guerra, assessor sênior do Citizen Lab Munk Centre for Global Affairs no Canadá, disse que nos últimos 10 anos a tecnologia e os métodos de vigilância se tornaram cada vez mais sofisticados. Na China em particular, foram lançados vírus informáticos, apenas detectáveis, que comprometeram a informação de muitas partes do mundo.

Jillian York, diretora para a Liberdade de Expressão Internacional da organzação Electronic Frontier Foundation (EFF), destacou a importância de sermos conscientes da segurança desde o lançamento de um blog ou site. Há uma grande variedade de medidas de segurança simples que podem ser utilizadas diariamente. York sugeriu aos jornalistas que consultem o Manual de Segurança do CPJ, o guia Surveillance Self-Defense do EFF e o site torproject.org.

O diretor de liberdade de expressão da organização Artigo 19 no México, Darío Ramirez, enfatizou que em muitos lugares a vigilância da Internet é uma ameaça não só pelos governos, mas também por criminosos. O jornalista salientou a falta de legislação disponível para proteger jornalistas e meios de comunicação dos ciberataques.

No entanto, o blogueiro Luis Carlos Diaz, Coordenador da Área de Comunicação e Redes do Centro Gumilla, na Venezuela, disse que em muitos lugares existe a legislação para levar à justiça os casos de ciberataques. Segundo ele, na Venezuela o governo não atuou em muitos destes casos, mas a resposta do público foi muito valiosa. O jornalista sugeriu que quanto maior a exposição dos jornalistas na Internet, maior a proteção que virá do público.

Veja aqui mais dicas sobre como evitar os ciberataques.

O painel terminou com o consenso de que é necessário diminuir a distância entre jornalistas e técnicos para que sejam difundidas soluções para proteger as informações e fontes de jornalistas e jornalistas cidadãos.

Veja aqui mais informação sobre o 10º Fórum de Austin. A edição deste ano aborda o tema "Segurança e proteção para jornalistas, blogueiros e jornalistas cidadãos" e é organizada pelo Centro Knight e pelos programas para a América Latina e de mídias das Fundações Open Society.

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