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Explosão no Canal 9 desvia atenção de conflitos trabalhistas, diz Sindicato dos Jornalistas do Paraguai

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  • 17 janeiro, 2011

Por Maira Magro

Depois que uma bomba de fabricação caseira explodiu na sede do Canal 9 em Assunção, na semana passada, o Sindicato dos Jornalistas do Paraguai divulgou um comunicado dizendo que o episódio desvia a atenção de “demissões injustificadas, perseguição sindical e violação dos direitos trabalhistas”, e pediu a investigação dos principais dirigentes da emissora.

Leia o comunicado na íntegra no site do jornal La Nación.

O comunicado lembra que, em dezembro, a jornalista Daniela Candia, delegada sindical, foi demitida do Canal 9 após representar os funcionários em uma reunião com a diretoria, na qual reivindicavam o pagamento de horas extras, questionavam a prestação de serviços para uma outra emissora do mesmo dono, e pediam o reconhecimento de férias e progressão por tempo de trabalho. Na ocasião, o sindicato chegou a pedir intervenção estatal no canal, diz o site Paraguay.com.

O comunicado diz que a explosão na semana passada tira o foco dessa discussão: “Não é uma cortina de fumaça que desvia a atenção do problema central, a demissão injustificada da companheira Daniela Candia e a perseguição sindical?” Segundo o jornal ABC, dirigentes do canal tratarão da demissão de Daniela nesta segunda, 17, numa reunião com representantes do Ministério da Justiça e Trabalho. O Sindicato dos Jornalistas também descarta a participação do Exército do Povo Paraguaio na explosão.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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