O jornalista colombiano Hollman Morris, que dirige o programa de TV Contravia, lançado em 2003, conquistou o Prêmio Internacional de Direitos Humanos de Nuremberg, no domingo 25 de setembro, na Alemanha, segundo a Deutsche Welle.
Morris, que também é bolsista da Fundação Nieman, foi reconhecido justamente por seu trabalho no Contravia. Segundo o júri, Morris deu “visibilidade às vítimas do terrível conflito armado em sua terra natal, a Colômbia".
O prêmio reconhece a atuação de pessoas em prol dos direitos humanos, mesmo quando isso representa um risco. Por causa do seu trabalho no Contravia, Morris recebeu ameaças de paramilitares. Desde 2002, oito jornalistas morreram na Colômbia por causa da profissão, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
"Você é a voz colombiana da liberdade. Você é um modelo para um mundo humano e justo", disse Horst Seehofer, primeiro-ministro da Baviera, ao entregar o prêmio de 20 mil dólares a Morris, noticiou o Monsters and Critics.
Em seu discurso, Morris afirmou que “é a função do jornalismo amplificar a voz dos fracos e pobres…Este prêmio não é pela minha passividade, pelo contrário. É pelo meu trabalho em prol da paz na Colômbia (...), de modo que mais cidadãos possam expressar pontos de vista diferentes. Acreditamos que cidadãos com informação serão mais independentes e livres. Acreditamos que a paz e a liberdade são direitos fundamentais dos homens e das mulheres do mundo".
No início do ano, Morris pediu apoio aos telespectadores e usuários das redes sociais para manter o programa de investigação jornalística no ar. Para o jornalista, o prêmio reconhece os esforços pelos direitos humanos na América Latina em geral.
O Prêmio Internacional de Direitos Humanos de Nuremberg é entregue a cada dois anos, desde 1995, a quem defende e encoraja os direitos humanos. Morris é o segundo latino-americano a ser premiado.
A seguir, veja um vídeo da cerimônia de premiação:
