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Jornalistas de seis países latino-americanos são reconhecidos nos prêmios internacionais de jornalismo Rei da Espanha

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  • 7 fevereiro, 2018

Por Evelyn Moreno

Jornalistas de Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba e Venezuela, assim como de Espanha e Portugal, foram vencedores dos Prêmios Internacionais de Jornalismo Rei da Espanha.

Os prêmios são concedidos anualmente desde 1983, quando foram criados pela Agencia EFE e pela Agência Espanhola para a Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID). Atualmente no 35º ano, a premiação incorporou novas categorias como Melhor Meio de Comunicação do ano na Ibero-América.

Os vencedores foram selecionados entre 274 trabalhos de 19 países latino-americanos. Os prêmios buscam distinguir o trabalho jornalístico em espanhol e em português que informa o público em assuntos como atualidades, desastres, meio ambiente e história. Os vencedores deste ano foram:

  • O jornal espanhol El País recebeu o novo prêmio de Melhor Meio de Comunicação por estender seu alcance a outros países latino-americanos.
  • O jornalista argentino Juan Roberto Mascardi Vigani recebeu o Prêmio Ibero-Americano de Jornalismo por “Farré, ‘el jugador que se había olvidado de hacer goles’” (Farré, “o jogador que havia se esquecido de fazer gols”), que a EFE julgou “ir além da crônica esportiva.”
  • A jornalista espanhola Alicia Hernández Sánchez, que vive na Venezuela, recebeu o prêmio na categoria impressa por um artigo publicado no The New York Times sobre o tráfico ilegal de gasolina na Venezuela.
  • O costarriquenho Alexánder Rivera González venceu na categoria televisão pela reportagem sobre os efeitos do furação Matthew no Haiti, veiculada na Televisora de Costa Rica- Teletica Canal 7.
  • A jornalista portuguesa Rute Isabel da Silva Fonseca ganhou a categoria rádio pelo podcast de 37 minutos na TSF Rádio Noticias sobre uma família que faz violinos há três gerações.
  • O colombiano Santiago Saldarriaga Quintero venceu na categoria fotografia pela imagem publicada no El Tiempo entitulada “El reto de volver levantarse” (O desafio de voltar a se levantar), que ilustrou os efeitos do deslizamento de terra e e da enchente em Mocoa, na Colômbia.
  • O cubano Julio Batista Rodríguez ganhou o prêmio de jornalismo ambiental e de desenvolvimento sustentável pela reportagem “Las aguas muertes del Havana Club” (As águas mortas do Havana Club). Sua reportagem, publicada no Periodismo de Barrio, chama atenção aos derramamentos que acabaram com os peixes na enseada de Chipriona.
  • A brasileira Patrícia Toledo de Campos venceu, com uma equipe de 20 pessoas, o prêmio de jornalismo digital pelo trabalho “Um mundo de muros”, publicado na Folha de S. Paulo. A reportagem denuncia as barreiras físicas que separam pessoas.
  • O colunista e escritor espanhol Fernando Aramburu recebeu o prêmio Don Quijote de Jornalismo pelo artigo “Estamos hechos de palabras” (Somos feitos de palavras), publicado em El Mundo.

Os prêmios, entregues no dia 1º de fevereiro, consistem em um troféu de bronze e 6 mil euros (cerca de R$ 24 mil). O rei da Espanha, Don Felipe VI, vai conceder os prêmios aos jornalistas em uma cerimônia em Madri.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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