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Jornalistas recebem coroas de flores no Peru, onde eleições presidenciais deixam clima tenso

O diretor do jornal peruano La Primera, César Lévano, e o presidente de seu diretório, Arturo Belaúnde, receberam coroas de flores, numa ameaça de morte velada e "macabra", segundo o próprio diário. A menos de um mês do segundo turno das eleições presidenciais no país, o clima é tenso, informou o La República.

As coroas de flores foram deixadas na redação do jornal por um desconhecido e traziam mensagens de "Descanse em Paz" abaixo dos nomes dos executivos. Jaime Cruces, editor-chefe do La Primera, disse, em comunicado, que, “para fazer as ameaças, seus autores se valeram do anonimato, usando como supostos remetentes o Conselho da Imprensa Peruana e o Instituto Imprensa e Sociedade” (IPYS) - duas organizações de defesa da liberdade de imprensa, acrescentou o Perú.com.

O IPYS condenou “todo ato de intimidação e ameaça contra a imprensa” e exigiu uma investigação.

Como o La Primera está apoiando a candidatura do nacionalista Ollanta Humala, o editor-chefe do jornal acredita que as coroas de flores sejam uma tentativa de amedrontar o diário, logo após a publicação de informações sobre uma suposta estratégia para impedir a vitória do candidato da aliança Gana Perú, explicou o La República.

segundo turno da disputa à Presidência entre Humala e Keiko Fujimori será no dia 5 de junho. Em meio a um clima cada dia mais tenso, alguns jornalistas foram agredidos, enquanto outros foram despedidos ou pediram demissão por pressões políticas.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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