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Jornalistas são investigados por serviço de inteligência venezuelano após denunciar casos de corrupção

Profissionais do jornal La Prensa de Barinas compareceram ao Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) para prestar esclarecimentos em diferentes investigações iniciadas após denúncias de corrupção publicadas no jornal, informou o El Universal nesta quarta-feira, 28 de março.

O advogado e colunista do diário, Omar Arévalo, a chefe de redação, Estela Tamy, e o jornalista político, Dimas Medina, foram chamados a depor por suas reportagens sobre uma rede de extorsões na prefeitura de Barinas.

Arévalo, que foi o primeiro a denunciar em sua coluna as propinas pagas a servidores para emitir licenças de construção no município, chamou atenção para um panfleto publicado com o propósito de destruir sua reputação, de acordo com a rede International Freedom of Expression Exchange (IFEX). No panfleto intitulado "El Pichaque", o colunista é acusado de roubo, fraudes e atos obscenos, supostamente cometidos durante sua época de estudante universitário. Segundo ele, os ataques guardam relação com as denúncias feitas em sua coluna.

De acordo com o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS-Venezuela), não é a primeira vez que o colunista é alvo de insultos ou ameaças. No mês de fevereiro deste ano, ele recebeu uma chamada avisando que, se continuasse a atacar o governo, seria morto. A ameaça foi feita logo após uma denúncia de Arévalo sobre supostas irregularidades na gestão do governo local. Outras ameaças relacionadas a suas denúncias já haviam sido feitas em 2011.

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