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Jornalistas venezuelanos entram na Assembleia Nacional um mês depois de Guarda Nacional negar-lhes acesso ao prédio

Pela primeira vez em um mês, jornalistas venezuelanos entraram no prédio que abriga a Assembleia Nacional e pediram aos militares que a imprensa seja autorizada a cobrir as próximas sessões.

Os jornalistas estavam proibidos de entrar no Palácio Legislativo Federal desde 30 de abril, quando o líder da oposição e autodeclarado presidente Juan Guaidó –que tem o apoio dos EUA e de outros países– convocou um levante militar para derrubar o presidente Nicolás Maduro, de acordo com a Associated Press (AP). A Guarda Nacional Bolivariana (GNB) tem bloqueado o acesso da imprensa desde então.

Mas na manhã de 4 de junho, jornalistas e membros da oposição forçaram a entrada através dos portões e pelos membros da GNB.

Integrantes do parlamento foram a uma das entradas do palácio e pediram à GNB para permitir a entrada da imprensa, segundo o Efecto Cocuyo. Já do lado de dentro dos portões, outra rodada de negociação foi necessária com os militares que guardavam o principal acesso ao palácio, mas os jornalistas foram autorizados a prosseguir, o site informou.

Uma vez dentro do palácio, Guaidó cumprimentou os jornalistas e disse “Hoje, de novo, a verdade e a justiça encontram o seu caminho”, segundo a AP. Ele disse que o governo de Maduro está usando “desinformação” e “perseguição”, acrescentou a agência.

Representantes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP), do Colégio Nacional de Jornalistas e da organização de liberdade de expressão Espacio Público exigiram que a imprensa seja autorizada a cobrir a sessão, informou o Efecto Cocuyo.

A Assembleia Nacional, presidida por Guaidó, é controlada pela oposição. Por outro lado, a Assembleia Nacional Constituinte, eleita depois de um decreto presidencial de 2017 com a missão de reescrever a constituição do país, é dominada por apoiadores do regime de Maduro. Eles retiraram a imunidade parlamentar de dezenas de membros da Assembleia Nacional antes de eles serem presos ou buscarem refúgio em embaixadas, como informou a BBC.

Além da proibição da entrada de jornalistas na Assembleia Nacional no mês passado, NetBlocks reportou restrições ao acesso de plataformas como YouTube, Periscope, Google e Bing durante as sessões da assembleia.

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