Em um clima de crescente hostilidade contra a liberdade de expressão na Colômbia, outros cinco jornalistas receberam ameaças de morte de um grupo paramilitar que advertiu, ter chegado a hora “de exterminar e aniquilar todas as perssoas e organizações que se fazem passar por defensores de direitos humanos”, informou a imprensa local.
As ameaças foram enviadas através de um correio eletrônico que menciona como "objetivos militares" o presidente da Federação Colombiana de Jornalistas (Fecolper), Eduardo Márquez, e os jornalistas Claudia Julieta Duque, Daniel Coronell, Marcos Perales Mendoza e Hollman Morris, além de uma dúzia de organizações de defesa de direitos humanos, informou a Fundação Para a Liberdade de Imprensa (FLIP).
“Nós os encontraremos em seus trabalhos, nos lugares onde vivem (…) Nós os temos em nossas miras e desde já podem se dar como mortos”, afirma o panfleto, segundo nota publicada pelo jornal El Universal.A mensagem é assinada por um grupo chamado Águias Negras, uma organização criminal que nasceu da desmobilização de grupos paramilitares, informa a agência de notícias EFE.
No início de fevereiro, um panfleto assinado por outro grupo paramilitar, denominado Autodefensas Unidas da Colômbia, declarou três jornalistas como “objetivos militares”, em Cartago, no Norte do país.
Organizações de jornalistas e de direitos humanos condenaram as ameaças. A Federação Internacional de Jornalistas (FIP) exigiu que as autoridades colombianas garantam a proteção dos trabalhadores da imprensa e investigue as ameaças.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
