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Presidente do Equador propõe que liberdade de expressão seja uma função do Estado

O presidente do Equador, Rafael Correa, propôs um fortalecimento dos “controles democráticos” da informação pela adoção da liberdade de expressão como “uma função do Estado”, disse o mandatário em uma coletiva de imprensa no dia 19 de novembro, segundo a EFE.

“Se a liberdade de expressão é tão importante, vocês mesmo dizem, quando lhes convêm é importantíssima, então que seja uma função do Estado, com legitimidade democrática, controles democráticos, não esses negócios que fazem quando têm vontade”, disse Correa.

Para o presidente, dada a importância da liberdade de expressão, as pessoas deveriam se perguntar “como ela está nas mãos de meios privados com fins lucrativos”, acrescentou o portal El Tribuno.

O presidente acusa a mídia privada de priorizar seus interesses financeiros, em detrimento da ética jornalística, acrescentou o portal.

Correa afirmou que os meios públicos poderiam estabelecer um novo modelo de comunicação, no qual é possível regular a informação, segundo o portal El Telégrafo. Para o presidente, a informação estar nas mãos do Estado evitaria a criação de organizações como a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que concederiam a si próprias o direito de "se manterem na impunidade e fazerem o que tiverem vontade”, acrescentou o portal.

Para César Ricaurte, diretor da ONG equatoriana Fundamedios, a centralização da informação nas mãos do Estado “não é garantia de mais pluralidade, ao contrário, é garantia de que vai haver uma verdade oficial”, segundo a EFE.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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