Uma argentina, uma chilena e um brasileiro compartilham os desafios que enfrentaram ao cobrir o conflito na linha de frente do país do Leste Europeu. Um ambiente perigoso não é o único obstáculo e desafio para os jornalistas na Ucrânia. A logística de cobertura também tem sido complexa.
A LatAm Journalism Review conversou com cinco jornalistas da região que sofreram algum tipo de violência física na cobertura de protestos recentes em Chile, Bolívia, Peru, Brasil e Colômbia e mostra a vulnerabilidade de profissionais de imprensa diante de manifestantes de diferentes correntes políticas e também das forças de segurança.
A mais recente edição do Índice Chapultepec de Liberdade de Imprensa e de Expressão nas Américas, da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), registrou uma melhoria de 4,2 pontos na média dos 22 países avaliados no continente. O panorama geral mais positivo vem com resultados ruins de três dos maiores países da região, Argentina, México e Brasil, que foram os que perderam mais pontos no ranking.
Nos últimos anos tem ocorrido uma primavera de meios feministas na América Latina, muitos começando com o MeToo (Estados Unidos, 2017) ou Ni una menos (Argentina, 2015), que buscam reivindicar questões relacionadas a mulheres, mulheres trans e a comunidade LGBTQ+ nos conteúdos da imprensa e na discussão pública.
Globalmente, a confiança nas notícias cresceu 6 pontos percentuais e atingiu 44%, segundo o Digital News Report 2021, do Instituto Reuters. Nos seis países da América Latina investigados, no entanto, a confiança geral nas notícias é menor e atinge uma média de 40,5%. Na região, a confiança é menor na Argentina e no Chile (36%) e maior no Brasil (54%).
A plataforma de pagamento Reveniu, que o jornalista chileno Miguel Paz idealizou para facilitar as doações e contribuições monetárias para start-ups e mídia independente, está operando publicamente há um ano em maio deste ano.
Com as normas de distanciamento social, o controle sobre quem faz perguntas aumentou na América Latina e no Caribe – isso quando as perguntas chegam a ser feitas.
Levantamento mostra o crescimento do número de leis e projetos de lei que coíbem e punem a desinformação na internet em países da América Latina. Especialistas alertam para o risco de censura e autocensura de jornalistas.
Os protestos sociais do Chile lembraram à mídia do país a importância de trabalhar no terreno, de colocar equipes de imprensa com capacidade suficiente para trabalhar em um "contexto tão volátil e dinâmico", disse a jornalista Paula Molina.
Por décadas, dezenas de jornalistas da América Latina e de todo o mundo aproveitaram os programas de bolsa de estudos em universidades americanas de prestígio.
Seis veículos de comunicação do Brasil, Paraguai, Argentina, Venezuela e Chile seguirão para a segunda fase do programa acelerador de mídia independente Velocidad.
Durante o painel de pesquisa “Mídia digital e democracia nas Américas” no Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ), em 12 de abril, três acadêmicos compartilharam suas pesquisas e revelaram os limites do jornalismo na responsabilização dos poderosos no Uruguai, Cuba e Chile.