A revista colombiana Semana advertiu que uma proposta apoiada pelos governos venezuelano e equatoriano busca enfraquecer a Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA) .
Profissionais de imprensa do México e do Equador celebraram o Dia do Jornalista esta semana, mas o panorama nos dois países é desolador, segundo os jornais Vanguardia e Hoy. O México, país onde sete jornalistas foram assassinados em 2011 e considerado um dos mais perigosos do mundo para o exercício da profissão, comemorou o Dia do Jornalista na quarta-feira 4 de janeiro. No dia seguinte, foi a vez do Equador, onde o presidente Rafael Correa tenta limitar a liberdade de expressão.
A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenaram a decisão da Justiça do Equador, que sentenciou o diretor do diário Hoy, Jaime Mantilla Anderson, a três meses de prisão por injúria, segundo a EFE.
Um blogueiro equatoriano que criou as hashtags 30S e 30-S para seguir notícias no Twitter sobre uma revolta de policiais ocorrida no dia 30 de setembro de 2010 no país se opõe à tentativa do governo de registrar a sigla 30S como marca.
Alertando para uma "progressiva perda de direitos fundamentais" no Equador, o Comitê Coordenador de Organizações para a Liberdade de Expressão, divulgou, durante um encontro em Miami, na sexta-feira 9 de dezembro, uma série de resoluções nas quais pede ao presidente Rafael Correa que respeite as liberdades de expressão e imprensa.
Na terça-feira, 25 de outubro, um grupo de jornalistas e organizações de defesa dos direitos humanos compareceu a uma audiência na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washington D.C., para apresentar os problemas que estão afetando a liberdade de expressão no Equador.
A Justiça do Equador confirmou a condenação de um locutor de rádio a seis meses de prisão por difamação, informou a IFEX.
A organização Human Rights Watch pediu ao governo do Equador para revogar os crimes de desacato e difamação de funcionários públicos, informou o organismo defensor dos direitos humanos com sede em Nova York.
Com o aumento das críticas do presidente do Equador Rafael Correa à mídia, a Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA, na sigla em inglês) publicou em outubro uma "resolução pela liberdade" chamando o governo a "reverter as tendências recentes que comprometem seriamente a imprensa livre e independente no Equador, revogando a difamação criminal, interrompendo todas as formas de assédio contra os jornalistas e garantindo a total independência dos meios de comunicação no país."
Um articulista do Equador denunciou que o jornal para o qual trabalha decidiu não publicar um de seus textos para “evitar problemas legais”, segundo a organização Fundamedios. O texto discute o abuso de poder de um chefe de polícia, acrescentou a Fundamedios.
A Human Rights Foundation (HRF) enviou uma carta a três magistrados do Equador para pedir que eles aceitem um recurso de cassação da sentença que condena um ex-editor de opinião e os diretores do jornal El Universo a três anos de prisão, além do pagamento de uma indenização de 40 milhões de dólares ao presidente Rafael Correa, informou a organização.
A 67ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) em Lima, no Peru, terminou com uma série de resoluções e conclusões que destacaram o fato de que "as tentativas de silenciar a imprensa independente" na América Latina continuaram a aumentar em 2011, evidenciado pelo desenfreado número de casos de "violência física, assassinatos de jornalistas e impunidade desses crimes, processos judiciais, prisões arbitrárias, ataques verbais, manipulação da publicidade oficial e leis ou iniciativas de lei restritivas."