Uma corte criminal em Honduras condenou três homens acusados de assassinar o jornalista hondurenho Alfredo Villatoro em 2012, de acordo com Repórteres Sem Fronteiras.
No dia 28 de fevereiro o governo de Honduras ordenou o cancelamento de 5.429 ONGs, incluindo associações de defesa à liberdade de expressão como o Comitê pela Liberdade de Expressão (C-Libre ), que denunciou a decisão em um alerta emitido 7 de março, pedindo o apoio de organizações nacionais e internacionais.
Organizações internacionais condenaram o aumento do assédio do governo a dois jornalistas hondurenhos, Julio Ernesto Alvarado e Dina Meza, nos últimos meses.
Mais de cem jornalistas e comunicadores sociais hondurenhos foram vítimas de agressões e ameaças entre os anos de 2010 e 2013, de acordo com um relatório da Comissão de Direitos Humanos (CONADEH) divulgado em 18 de fevereiro, informou El Heraldo.
Um novo relatório publicado na semana passada por PEN Internacional, PEN Canadá e Programa Internacional de Direitos Humanos da facultade de Direito da Universidade de Toronto lamentou que Honduras esteja se tornando um lugar perigoso onde os crimes contra jornalistas são cometidos com total impunidade.
A Lei de Segredos Oficiais e Desclassificação da Informação Pública, aprovada discretamente pelo congresso de Honduras em 13 de janeiro, põe em risco o acesso à informação pública dos hondurenhos e a transparência do novo governo, segundo diversas organizações defensoras da liberdade de informação, como a Repórteres Sem Fronteiras.
Um jornalista local de Honduras foi baleado e morto em 7 de dezembro, informou a Repórteres Sem Fronteiras. Juan Carlos Argeñal, 49, é o terceiro jornalista assassinado esse ano no país.
O corpo do jornalista audiovisual hondurenho Manuel de Jesús Murillo Varela, de 32 anos, foi achado com três tiros de bala no rosto na manhã de quarta, 23 de outubro, em uma colônia popular de Tegucigalpa, segundo informações da ONG C-Libre. Suspeita-se que ele tenha sido morto na semana anterior.
Reportagens superficiais de crimes que se baseiam em fotos com sangue e similares, mas carecem de explicações sobre tais fotos, têm se tornado comum entre as mídias de Honduras. A Fundação MEPI, um projeto regional de jornalismo investigativo localizado na Cidade do México, diz que sua análise de conteúdo e entrevistas com repórteres e editores indicam vários motivos por trás dessa tendência crescente: a ausência de uma implementação de mecanismos de segurança entre o governo e a mídia para a proteção dos jornalistas, pouco acesso em tempo útil a relatórios oficiais pelas autoridades, e medo de ret
As autoridades de Honduras continuam a investigação do sequestro e assassinato do jornalista de televisão Aníbal Barrow, cujo corpo foi identificado em 10 de julho.
A restrição à informação por parte de entidades oficiais, a segurança dos jornalistas e o projeto de lei de telecomunicações em Honduras são os temas que mais preocupam a comissão da Sociedade Interamericana de Imprensa, SIP, que visita o país desde o dia 27 de maio.
Preocupada com o estado da liberdade de imprensa e segurança dos jornalistas de países da América Central, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) está viajando por esses países, onde tem se encontrado com diferentes setores dos meios de comunicação.