As autoridades de Honduras continuam a investigação do sequestro e assassinato do jornalista de televisão Aníbal Barrow, cujo corpo foi identificado em 10 de julho.
A restrição à informação por parte de entidades oficiais, a segurança dos jornalistas e o projeto de lei de telecomunicações em Honduras são os temas que mais preocupam a comissão da Sociedade Interamericana de Imprensa, SIP, que visita o país desde o dia 27 de maio.
Preocupada com o estado da liberdade de imprensa e segurança dos jornalistas de países da América Central, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) está viajando por esses países, onde tem se encontrado com diferentes setores dos meios de comunicação.
O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, apresentou ao Congresso uma proposta de lei para aumentar o controle sobre o conteúdo dos meios de comunicação, incluindo artigos para a regulação de horários e sanções para quem transmitir conteúdos violentos, apologia ao crime, expressões chulas ou qualquer mensagem que indique atentado a moral e bons costumes, segundo informou o jornal La Prensa. A proposta de Lei de Telecomunicações é popularmente conhecida como "lei da mordaça" devido às restrições que impõe à liberdade de expressão.
O Comissário Nacional de Direitos Humanos em Honduras, Ramón Custodio, apresentou um informe que analisa o anteprojeto da Lei de Telecomunicações e sugere que o projeto estabelece censura prévia, deixa vulnerável o direito à propriedade privada e converte o Estado em produtor de conteúdos, segundo o jornal La Tribuna.
Um jornalista de Honduras decidiu suspender dois programas de rádio e TV depois de receber ameaças, segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Uma proposta de lei em Honduras estabelece a criação de um órgão regulador do conteúdo dos meios de comunicação, informou o La Prensa.
Após a difusão de um vídeo que registra o assassinato a tirso de dois jovens em Honduras e a publicação de notícias sobre atos violentos no país, o presidente de Honduras e seu ministro de segurança culpam agora os meios de comunicação de afetar a imagem do país e de causar um dano social.
Um jornalista de televisão em Honduras afirma temer por sua vida e acusa o deputado e aspirante à presidência Juan Orlando Hernández de promover uma campanha de ódio contra ele, segundo o Comitê pela Livre Expressão (C-Libre, em espanhol).
Um decreto em Honduras que busca suspender temporariamente os benefícios fiscais para os veículos impressos tem gerado polêmica no país, informou o site Centinela Económico.
O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, criticou os meios de comunicação por informar sobre a situação de violência no país, que registra 92 homicídios para cada 100.000 habitantes, a maior taxa do mundo.
Dois jornalistas de Honduras vêm recebendo ameaças de morte desde 2012, segundo o Comitê pela Livre Expressão (C-Libre).