A rede de Intercâmbio Internacional pela Liberdade de Expressão na América Latina e Caribe (IFEX-ALC) declarou que ao menos 74 jornalistas foram mortos e centenas de outros foram violentados em 11 países da região, nos últimos três anos.
Muitos jornalistas latino-americanos foram destaque como parte do Dia Internacional pelo Fim da Impunidade, campanha de um mês do International Freedom of Expression Network (IFEX) que conta como jornalistas, ativistas de direitos humanos e artistas de todo o mundo foram violentamente silenciados por sua defesa da liberdade de expressão.
O Instituto Internacional de Imprensa (IPI) afirmou que 2012 se tornou o ano mais violento para a imprensa desde que começou a documentar os assassinatos de jornalistas no mundo em 1997, segundo uma nota desta quarta-feira, 21 de novembro.
Armando Rodríguez “El Choco”, repórter da área policial do El Diario em Ciudad Juárez, México, foi assassinado em novembro de 2008 em frente à sua casa. Rodríguez morreu protegendo a sua filha, quando ia levá-la para a escola.
Em texto publicado na mais recente edição da New York Review of Books, a renomada jornalista Alma Guillermoprieto menciona uma coletiva de imprensa convocada há alguns anos no estado mexicano de Durango pela organização criminosa Los Zetas.
Após um ano do incêndio do jornal mexicano El Buen Tono por parte de um grupo armado na cidade de Córdoba, do estado de Veracruz, seus diretores e jornalistas publicaram um editorial para exigir justiça contra os responsáveis pelo ataque a esse veículo.
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu às autoridades de Honduras proteção urgente para a jornalista independente Karla Zelaya, que tem recebido ameaças de morte e, recentemente, foi sequestrada e torturada durante um interrogatório sobre suas atividades.
O governo dos Estados Unidos vai colaborar com o de Honduras na proteção dos direitos humanos, por conta do aumento do número de ataques contra a imprensa e de violações da liberdade de imprensa, informou o site Latino Fox News.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) enviou sugestões ao Plano de Ação para melhorar a segurança dos jornalistas e combater a impunidade, proposto pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), informou o site da Abraji.
Com a prisão de dois supostos líderes do narcotráfico no México, a Procuradoria Geral de Veracruz anunciou que considera esclarecidos os assassinatos de cinco jornalistas no estado, mas o Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) e a organização Artigo 19 questionaram a forma com que o governo estadual tentou fechar as investigações em torno dos crimes, de acordo com CNN México.
O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, se comprometeu a solucionar os casos de jornalistas asasssinados e a despenalizar os crimes de difamação durante a conferência Segurança, Proteção e Solidariedade para a Liberdade de Expressão, organizadaa pela Sociedade Interamericana de Imprensa e a Associação de Meios de Comunicação de Honduras, informou a EFE.
A jornalista mexicana Lydia Cacho afirma ter recebido mais uma ameaça de morte por conta de seu trabalho, segundo o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ).