Autoridades mexicanas confirmaram que o corpo encontrado no estado de Puebla é da jornalista Anabel Flores Salazar, sequestrada em sua casa em Veracruz na última segunda-feira, de acordo com a revista Proceso.
A jornalista Anabel Flores Salazar foi sequestrada por um grupo de homens armados que entrou em sua casa em Orizaba, estado de Veracruz, México, na madrugada desta segunda-feira, 8 de fevereiro, segundo o portal Animal Político.
México é o terceiro país mais mortífero para jornalistas e outros trabalhadores de mídia no mundo, com 120 assassinatos nos últimos 25 anos, segundo um relatório da Federação Internacional de Jornalistas (FIP, na sigla em espanhol) publicado em 3 de fevereiro.
Dois profissionais de mídia foram mortos no estado de Oaxaca, México, nos dias 21 e 22 de janeiro.
A entrevista de Sean Penn para a Rolling Stone com o líder do narcotráfico Joaquín “El Chapo” Guzmán gerou bastante polêmica nos Estados Unidos e no México sobre ética, lei e jornalismo.
O jornalista mexicano Jorge Martínez Castañeda foi hospitalizado depois de ter sido brutalmente agredido enquanto caminhava com seu neto na praça principal de Tacámbaro, no estado de Michoacán, no dia 6 de janeiro.
A violência fatal contra jornalistas na América Latina continuou em crescimento em 2015, e o Brasil foi destaque na lista dos países mais mortais para jornalistas, preparada pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ na sigla em inglês), ocupando o terceiro lugar no mundo todo.
O governo dos Estados Unidos acusou um executivo de dois jornais mexicanos de ter vínculos com a organização narcotraficante Los Cuinis.
“O governo mexicano não se preocupa com os jornalistas”, afirmou recentemente a jornalista investigativa Anabel Hernández ao Centro Knight para o Jornalismo nas Américas.
Vários jornalistas, fotojornalistas e meios de comunicação mexicanos enviaram recentemente uma carta formal ao governo de Veracruz denunciando casos de suposta violência policial contra os jornalistas que cobriam protestos de professores nos días 21 e 22 de novembro.
“Desde que o governo de Felipe Calderón declarou ‘guerra’ contra o crime organizado, os meios mexicanos cobriram desaparecidos ou mortos, mas esqueceram de narrar o dia seguinte”. Assim explica a introdução do novo portal digital do México Aprender a Viver com o Narco.
Este já é o ano mais mortífero para a imprensa mexicana desde que o presidente Enrique Peña Nieto tomou posse em 2012, de acordo com a organização de defesa da liberdade de expressão Artigo 19.