Houve 420 violações contra a liberdade de imprensa desde que os protestos começaram na Nicarágua em abril passado, de acordo com um novo relatório da Fundação Violeta Barrios de Chamorro (FVBCH).
Por "seu profissionalismo e valentia frente à violência indiscriminada do regime de Daniel Ortega", a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) concedeu o Grande Prêmio Liberdade de Imprensa 2018 ao jornalismo independente da Nicarágua, anunciou a organização neste 5 de setembro.
Os dois jovens afrodescendentes acusados de assassinar o jornalista Ángel Gahona no dia 21 de abril foram considerados culpados por um juiz de Manágua, capital da Nicarágua na noite de 27 de agosto, informou o Confidencial.
A notícia de que Carlos Pastora, diretor-geral do Canal 10, na Nicarágua, buscou refúgio na embaixada hondurenha em Manágua, despertou rumores sobre a suposta perseguição do governo de Daniel Ortega contra o canal.
Trabalhadores da imprensa nicaraguense organizaram uma manifestação em Manágua, capital do país, enquanto as detenções e os ataques a jornalistas continuam, com duas prisões de profissionais da categoria na semana passada.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) adotou medidas cautelares para a viúva de um jornalista, morto na Nicarágua enquanto cobria protestos, e para membros de uma emissora de rádio que foi incendiada.
Enquanto os ataques contra jornalistas na Nicarágua aumentam após meses de protesto, jornalistas independentes no país pedem liberdade para realizar seu trabalho. Eles também estão expressando esperança nas organizações internacionais no terreno que estão trabalhando para conter a violência na nação centro-americana.
A sede da Radio Nicaragua, emissora estatal do país centro-americano, foi atacada e destruída por um incêndio na madrugada do dia 8 de junho, segundo reportou a imprensa local.
Uma declaração de jornalistas independentes da Nicarágua condenando a violência letal contra manifestantes e ataques à imprensa e pedindo o respeito do governo à liberdade de imprensa, reuniu assinaturas de 35 meios de comunicação, quatro organizações da sociedade civil e 87 jornalistas até o momento.
Dois suspeitos do assassinato do jornalista nicaraguense Ángel Gahona foram presos em 8 de maio, após uma audiência inicial perante um juiz distrital em Manágua, capital do país, informou o La Prensa. No entanto, a família do jornalista, bem como os detidos e outras organizações da sociedade civil, estão protestando contra a acusação feita pelo Ministério Público, dizendo que é uma estratégia das autoridades para evitar acusar os verdadeiros perpetradores.