O jornalista Hans Francisco Andrade Chávez, ex-apresentador de um noticiário local da filial da América TV em Chepén, província do norte do Peru, foi condenado a dois anos de prisão por uma suposta difamação, informou o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS). Andrade é o segundo caso jornalista peruano condenado por crimes de ofensas à reputação de autoridades em 2011, após a condenação do repórter Paul Garay a três anos de prisão por supostamente difamar um promotor em abril deste ano.
Após uma série de demissões de jornalistas e acusações de censura durante a campanha eleitoral no Peru, o repentino cancelamento de um dos programas jornalísticos mais populares e de maior credibilidade do país gerou um debate sobre a liberdade de expressão e a influência da propriedade dos meios de comunicação sobre o direito à informação dos peruanos.
Desconhecidos usaram uma bomba incendiária para queimar um veículo do programa Juez Justo TV, apresentado por Benedicto Jiménez, informou a Panamericana Televisión. O atentado ocorreu em Lima, capital de Peru, na madrugada da quarta-feira 29 de junho de 2011.
Alguns meios de comunicação peruanos interpretaram como ameaças veladas à liberdade de expressão as declarações do presidente eleito Ollanta Humala sobre o tema durante uma visita ao Equador - onde se reuniu com Rafael Correa, mandatário que mantém uma tensa relação com a imprensa de seu país. Humala assumirá o cargo em 28 de julho de 2011.
O Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS, na sigla em inglês) emitiu dois alertas por jornalistas que foram agredidos e ameaçados em campi universitários no Peru e na Venezuela.
Com o fim de uma acirrada disputa presidencial, durante a qual grupos de mídia apoiaram um dos candidatos, qual é o papel do jornalismo após a vitória do nacionalista Ollanta Humala nas eleições no Peru? O segundo turno foi realizado no domingo 5 de junho de 2011. Para o renomado jornalista Augusto Álvarez Rodrich, o jornalismo decente e independente precisa, agora, "fiscalizar, com rigor, o novo governo, incluindo o cumprimento de suas promessas... Não há cheque em branco, presidente eleito Ollanta Humala", escreveu no La República.
O escritor Mario Vargas Llosa cancelou sua coluna no jornal peruano El Comercio, em protesto ao que chamou de "manipulação de informações" durante a campanha eleitoral à Presidência, segundo a agência EFE. O grupo El Comercio, o mais importante do país, vem sendo criticado por apoiar a candidata Keiko Fujimori.
A uma semana do segundo turno das eleições presidenciais peruanas entre Keiko Fujimori e Ollanta Humala, um estudo de mídia elaborado pela organização não governamental Associação de Comunicadores Sociais Calandria concluiu que um bloco importante de imprensa peruana tem se posicionado em favor da candidata Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso por violações dos direitos humanos, informou a agência IPS.
Um adolescente acusado de assassinar o jornalista de rádio Julio César Castillo Narváez, no estado de La Libertad, foi apreendido pela polícia, informou o Perú 21. Castillo foi atingido por seis tiros no dia 3 de maio de 2011, em um restaurante da cidade de Virú.
Dois repórteres foram agredidos por seguranças da candidata à presidência do Peru Keiko Fujimori e outros dois jornalistas denunciaram ameaças de morte e censura. A menos de um mês do segundo turno da disputa, no dia 5 de junho de 2011, a tensão aumenta no país, informou o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS) por meio da IFEX.
O Tribunal Penal de Lima, no Peru, iniciou um novo julgamento do assassinato do jornalista Alberto Rivera, baleado em abril de 2004, depois de fazer denúncias de corrupção contra um prefeito, informou o La República.
O diretor do jornal peruano La Primera, César Lévano, e o presidente de seu diretório, Arturo Belaúnde, receberam coroas de flores, numa ameaça de morte velada e "macabra", segundo o próprio diário. A menos de um mês do segundo turno das eleições presidenciais no país, o clima é tenso, informou o La República.