Luz Mely Reyes, cofundadora e diretora geral do site de notícias independente venezuelano Efecto Cocuyo, é uma das quatro jornalistas a serem homenageadas com o Prêmio Internacional Liberdade de Imprensa de 2018 do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
A Comissão Nacional de Telecomunicações da Venezuela (Conatel) está de olho na rede de TV Globovisión, tornando-a o segundo meio de comunicação em quatro dias a ser notificado de que deve se abster de divulgar mensagens que desrespeitem as autoridades do país.
Logo após as controversas eleições presidenciais de 20 de maio, uma agência reguladora do governo da Venezuela está usando uma controversa nova lei de comunicações contra o site de um dos jornais de maior circulação do país.
O jornalista investigativo venezuelano Joseph Poliszuk, co-fundador e editor-chefe de Armando.info, é um dos dois “corajosos pioneiros da informação digital” a receber o Knight International Journalism Award.
Durante as contestadas eleições presidenciais venezuelanas, em 20 de maio, monitores da liberdade de expressão registraram ataques físicos contra jornalistas, bem como intimidação. É mais do mesmo para uma comunidade de jornalistas que tem sido ameaçada fisicamente, nos tribunais e online, enquanto cobria a crescente agitação política e social nos últimos anos.
Em #VenezuelaALaFuga (“Venezuela em fuga”, em tradução livre), os textos, vídeos, áudios e dados contam histórias de mães, pais e filhos que deixam a Venezuela devido à crise que persiste em seu país, para buscar melhores condições de vida em outras partes da América Latina.
Os venezuelanos acessam a internet com a velocidade mais baixa na América do Sul.
Severas restrições à liberdade de expressão que incluem censura e fechamento de meios de comunicação, ataques e agressões contra jornalistas e criminalização da emissão de opiniões contrárias ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro foram documentadas pelo relatório anual da Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). O relatório analisou especificamente a situação dos direitos humanos na Venezuela em 2017.
Depois de quatro jornalistas do site de jornalismo investigativo Armando.info deixarem a Venezuela devido a um processo de difamação iminente, um importante grupo de jornalistas e organizações que defendem a liberdade de expressão e a imprensa em toda a América Latina assinaram um manifesto alertando sobre a grave deterioração das condições enfrentadas pela imprensa venezuelana.
Todos os dias, em Caracas, repórteres de diferentes meios digitais independentes na Venezuela visitam os necrotérios da cidade para coletar dados sobre as vítimas do dia. Nome e sobrenome, as circunstâncias da morte e outras informações sobre a pessoa falecida são registradas em uma base de dados jornalística, e algumas histórias ou tendências especialmente relevantes são publicadas nos sites de maneira mais detalhada.
Devido ao que eles consideram falta de garantias judiciais e processuais, quatro jornalistas venezuelanos proeminentes, processados penalmente pela difamação agravada continuada e injúria agravada, optaram por sair da Venezuela, de acordo com o comunicado que enviaram à imprensa nacional e estrangeira.
Três jornalistas latino-americanos aparecem no censo anual global de jornalistas presos do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ). O guatemalteco Jerson Antonio Xitumul Morales, o equatoriano Enrique Rosales Ortega e o venezuelano Braulio Jatar são três dos 262 jornalistas encarcerados ao redor do mundo, de acordo com o levantamento publicado em 13 de dezembro.