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Fórum sobre liberdade de expressão discute assassinatos de jornalistas no México

Familiares de jornalistas assassinados ou desaparecidos e defensores da liberdade de expressão participarão, no dia 10 de dezembro, na Cidade do México, do Fórum Memória de Jornalistas, organizado pelas organizações Repórteres Sem Fronteiras e Centro de Jornalismo e Ética Pública (CEPET, na sigla em espanhol).

“A prioridade das autoridades neste momento não é proteger os jornalistas, mas a sociedade em geral”, explicou Leonarda Reyes, fundadora e diretora do CEPET, ao blog do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas. “Não queremos privilégios, apenas concordamos com a posição da Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da ONU e queremos mostrar que as agressões contra jornalistas são agressões contra a sociedade”, acrescentou.

Reyes destaca que, em algumas regiões México, houve queda nos ataques contra jornalistas, mas isso não quer dizer aumento da liberdade de expressão. “A maior agressão já aconteceu, porque a imprensa optou pelo silêncio como medida de proteção”, disse.

Ainda assim, veículos como o jornal El Siglo de Torreón continuam sendo alvos de ataques.

“Enquanto a mídia adota a autocensura como forma de proteção, as organizações são as que mais podem agir em busca de uma solução”, afirmou Reyes. “Precisamos ser criativos”.

O fórum, que acontecerá entre 10h e 14h (horário local) do dia 10 de dezembro na Plaza Francisco Zarco, no Centro da Cidade do México, coincide com a comemoração da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Na última década, 80 jornalistas foram assassinados no México e 14 continuam desaparecidos, segundo a Repórteres Sem Fronteiras. O México é hoje o país mais perigoso da América Latina para o exercício do jornalismo. Veja aqui um mapa sobre os ataques à imprensa naquele país.

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