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Após receber asilo político nos EUA, fotógrafo mexicano quer voltar ao jornalismo

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  • 23 junho, 2013

Por Alejandro Martínez

Agora que finalmente recebeu asilo político nos Estados Unidos, o fotógrafo mexicano Miguel Ángel López Solana quer seguir no jornalismo – apesar do custo que a profissão representou em sua vida.

Eu tenho a vontade e o ímpeto continuar ainda a exercer a liberdade de expressão, o jornalismo, o fotojornalismo”, disse. “É um pouco difícil assimilar ou dizer, ‘pelo jornalismo eu perdi minha família, perdi meus companheiros’, mas também deixá-lo é como dizer que não serviu de nada essa grande perda humana”.

López Solanaque conversou na última semana com Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, ganhou o benefício da imigração no mês passado, dois anos após sua família ter sido morta em Veracruz.

Solana Lopez fugiu do perigoso estado após o assassinato de seu pai, mãe e irmão em junho de 2011Seu pai, Miguel Angel Lopez Velasco, foi vice-diretor e um popular colunista do jornal Notiver , onde Lopez Solana e seu irmão também trabalhavam como fotojornalistas.

Em uma carta enviada no início deste mês aos meios de comunicação em Veracruz, López Solana acusou as autoridades veracruzanas de estarem freando a investigação do crime.

“A Procuradoria de Veracruz não quer resolver o caso da minha família. Por quê? Não sei”, López Solana contou ao Centro Knight. “Não estou exigindo algo extraordinário, só estou exigindo justiça”.

Veracruz é considerado um dos lugares mais perigosos para exercer o jornalismo. México é um dos dez países com mais jornalistas no exílio, segundo um recente relatório do Comitê de Proteção para os Jornalistas.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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