Nos últimos dias de março de 2017, vários jornalistas foram atacados durante protestos contrários ao governo na Venezuela, mas os ataques à imprensa do país não foram apenas físicos. No início do mês, uma série de ciberataques forçaram vários sites venezuelanos independentes a saírem do ar.
Na madrugada do dia 28 de março, a casa do jornalista Julio Omar Gómez foi incendiada em Baja California Sur e o guarda-costas encarregado de proteger sua vida foi baleado e morto. Cerca de 24 horas depois, e do outro lado do país, Armando Arrieta Granados foi baleado ao chegar em casa, em Veracruz. Ambos os jornalistas escaparam, mas um deles está no hospital em estado grave.
A Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) da Venezuela ordenou “a suspensão e saída imediata das transmissões” da CNN em Espanhol do país. Além disso, Andrés Eloy Méndez González, diretor-geral da entidade, disse em 16 de fevereiro que a CNN também será bloqueada na internet.
Ana Julia Jatar compartilhou uma foto de seu irmão Braulio 82 dias após ele ser preso pela primeira vez na Venezuela. Ele parece magro; sua cabeça, geralmente coberta de cabelo grisalho, está raspada; seu rosto carrega uma expressão triste.
Para os jornalistas mexicanos, cobrir la nota roja - ou fazer cobertura policial - inclui mais do que estar exposto a perigos físicos. Ao viver e trabalhar em áreas de alto risco, seu contato constante e sistemático com a violência coloca em perigo a sua saúde mental.
Atualmente, as manchetes de todo o mundo muitas vezes parecem absurdas. Escritores latino-americanos aproveitaram a estranheza das situações políticas e econômicas de seus países para criar conteúdo para a crescente lista de publicações satíricas da região.
Em 2001, a fotojornalista norte-americana Leslie Mazoch conseguiu seu emprego dos sonhos na Associated Press (AP), uma das mais reconhecidas agências de notíciais internacionais. Para iniciar sua carreira, ela se mudou para a Venezuela, onde nos próximos seis anos, fotografaria assuntos financeiros, políticos e sociais do país latino-americano.
A premiada Rádio Ambulante, que usa narrativa de áudio para compartilhar relatórios e anedotas de falantes de espanhol nas Américas, foi escolhida pela organização de mídia sem fins lucrativos NPR como o primeiro podcast em espanhol da rede de rádio pública americana.
O estado mexicano de Veracruz provou ser um dos lugares mais perigosos do mundo para a imprensa, com 17 homicídios de jornalistas nos últimos seis anos. Apenas em 2016, três jornalistas foram mortos na região.
Carmen Aristegui, uma das jornalistas mais reconhecidas do México, disse que o seu país vive “uma crise profunda em matéria de direitos humanos, feita de assassinatos e desaparecimentos de jornalistas e de [outras] pessoas”.