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Cuba leva 18 jornalistas ao exílio em um ano, denuncia relatório da CPJ

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  • 21 junho, 2011

Por Ian Tennant

Cuba é um dos dois países que mais forçaram jornalistas a partir para o exílio nos últimos 12 meses, segundo um novo relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ.

A ilha exilou 18 jornalistas entre 01 de junho de 2010 e 31 de maio de 2011, a mesma quantidade que o Irã, informou o Telegraph. Um jornalista mexicano, que não foi identificado no relatório, também foi forçado ao exílio.

"Quase 70 jornalistas foram forçados a exilar-se nos últimos 12 meses, mais da metade procedentes de Irã e Cuba, dois dos países mais repressivos do mundo", afirma o relatório do CPJ divulgado em Nova York.

A prisão, ou a ameaça de prisão, foi o principal motivo para que 82% dos 67 jornalistas exilados abandonassem seus países de origem durante o período examinado pelo CPJ, informou a AFP. Ataques ou ameaças de violência levaram ao exílio 15%. Os outros 3% relataram constantes perseguições, interrogatórios ou vigilância.

último jornalista cubano forçado ao exílio, Albert Santiago Du Bouchet, estava preso e foi solto no dia 7 de abril, junto com 30 presos políticos, e, em seguida, enviado para Espanha.

O repórter cubano Victor Rolando Arroyo Carmona, um dos mais de 50 jornalistas presos durante a "Primavera Negra" de março de 2003, disse ao CPJ que viver no exílio na Espanha é difícil pessoalmente e profissionalmente. "Nós nem sequer temos nossos títulos profissionais", relatou Carmona. "Vivemos no limbo".

Enquanto isso, a violência contra jornalistas mexicanos continua levando a protestos e marchas de profissionais de mídia. Três jornalistas do país chegaram a tentar asilo nos Estados Unidos.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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