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Jornalista abandona Colômbia após receber ameaças de morte

Correspondente da cidade de Medellín do jornal colombiano El Espectador, Mary Luz Avendaño abandonou o país devido a ameaças de morte e intimidações que recebeu e que representavam risco de vida, informou a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP).

No dia 22 de junho, uma de suas fontes disse à jornalista que havia recebido uma ligação ameaçadora com a mensagem: “Diga à sua amiga, a jornalista Mary Luz, para parar de publicar besteiras se não quiser ganhar na loteria”. A pessoa também fez referência a uma matéria de 18 de maio sobre a possível cumplicidade da polícia com as quadrilhas de traficantes de Medellín, segundo o El Espectador.

A polícia responsabilizou o paramilitar e traficante de drogas Henry de Jesús López, conhecido como ‘Mi Sangre’, pelas ameaças à jornalista, informou, em julho, a Rádio Caracol.

A partir de então, o comandante da Polícia de Medellín, o general Yesid Vázquez, disponibilizou um esquema de proteção à jornalista, segundo a FLIP. No entanto, informações da inteligência e fontes das mesmas quadrilhas confirmaram que o risco para Avendaño não havia cessado.

Avendaño havia trabalhado para as emissoras de televisão Teleantioquia e Hora 13 Noticias com a cobertura de temas relacionados a direitos humanos, conflito armado e tráfico de drogas, de acordo com o jornal El Espectador.

“Nós, jornalistas, devemos aprender como abordar esses temas sem que nos coloquemos em risco, porque podemos ficar na boca do lobo. Como estou neste momento”, disse Avendaño em entrevista do exílio à organização Red Periodismo de Hoy.

Em 1998, Avendaño foi sequestrada pela guerrilha das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) quando cobria as eleições presidenciais, segundo a Agência Católica para o Desenvolvimento Internacional (CAFOD) do Reino Unido.

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