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Jornalistas de Honduras e governo querem banir imagens de assassinatos das capas de jornais

Depois de o diário La Prensa anunciar que não publicaria mais fotos de mortos, num esforço para coibir o sensacionalismo gerado pelo aumento da violência do crime organizado em Honduras, o sindicato de jornalistas e o governo do país buscam um acorda para acabar com a publicação de imagens de assassinados nas capas dos jornais, informou o La Tribuna.

A direção do Colégio de Jornalistas de Honduras (CPH, na sigla em espanhol) se reuniu no dia 10 de março com o ministro de Segurança do país, Oscar Álvarez, para obter informações sobre os avanços nas investigações do assassinato de 11 jornalistas em 2010, que contam com a ajuda de especialistas da Colômbia e dos Estados Unidos, informou o El Tiempo.

Segundo o ministro, o objetivo é que “não se glorifique o crime” na imprensa e que os jornais mostrem coisas positivas nas primeiras páginas. “O que fazemos é aceitar e ver isso como algo normal, mas não deveria ser assim, a população deve rechaçar a violência”, disse, citado pelo El Heraldo.

O presidente do CPH, Juan Ramón Mairena, explicou que os jornalistas propuseram um Pacto Informativo por uma Cultura de Paz, cujo objetivo é evitar que os diários continuem com o sensacionalismo nas primeiras páginas ou que os telejornais mostrem cenas "dantescas". Isso não tem nada a ver com censura (…) Estamos falando de um ato de consciência dos donos dos veículos e de nós jornalistas (…) em relação à onda de violência que nos afeta”.

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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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