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Juíza condena revista mexicana por matérias sobre a petrolífera Pemex: “o povo não entende do tema”

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  • 17 janeiro, 2011

Por Ingrid Bachmann

Uma juíza da Cidade do México condenou a revista Contralínea pela publicação de matérias com informações sobre os contratos outorgados pela gigante estatal Pemex a empresas privadas, com a justificativa de que "a indústria petroquímica não é de interesse público" e "o povo não entende do tema", informou a SDP Noticias, lembrando que as contratações são feitas com recursos dos cofres públicos.

No passado, a Contralínea publicou diversas matérias sobre os contratos da Pemex, que renderam diversas ações judiciais contra a revista e seu diretor, Miguel Badillo. Em 2009, Badillo pediu proteção à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

A mais recente sentença condenou a revista por "danos morais" aos contratados pela Pemex que foram criticados nas reportagens, que denunciaram uma cadeia de irregularidades na empresa, explica o Hoy Tamaulipas. Além da revista, foram condenados seu diretor e as jornalistas Ana Lilia Pérez e Nancy Flores.

Segundo a Contralínea, o argumento da juíza na sentença — de que as informações sobre aquisições e contratações do governo não são de interesse público — configura uma “aberração ao lidar com o direito a informação e as leis de transparência”.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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