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Líder do Cartel de Tijuana ordenou assassinato de jornalista mexicano, há 7 anos, diz criminoso

O assassinato do jornalista Francisco Javier Ortiz Franco, editor-chefe do semanário mexicano Zeta, há sete anos, foi encomendado por Javier Arellano Félix, então líder do chamado Cartel de Tijuana, organização criminosa que controla o narcotráfico na cidade na fronteira com os Estados Unidos, confessou um de seus membros.

Luis Alberto Salazar, que trabalharia como atirador para a organização criminosa controlada pela família Arellano Félix, foi detido por militares no dia 5 de abril. Segundo ele, o mais jovem membro do clã Arellano mandou matar o jornalista por ter publicado nomes e fotos de vários integrantes do cartel, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

Salazar já havia sido preso anteriormente, entre 2002 e 2004, quando fugiu. Ele disse que Francisco Ortiz foi assassinado em junho de 2004 por Jorge Eduardo Ronquillo, membro do cartel que acabou morto ao se rebelar contra a organização criminosa. Um dos fundadores do Zeta, Héctor Félix Miranda, também foi assassinado, em 1988. Onze anos depois, em 1997, o diretor do semanário, Jesús Blancornelas, sobreviveu a um atentado no qual seu guarda-costa perdeu a vida.

Arellano cumpre pena por narcotráfico nos Estados Unidos, mas nunca havia sido acusado pela morte do jornalista. O CPJ espera que o testemunho contra ele sirva para “quebrar o ciclo de impunidade” no México e fazer justiça.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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