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Líder do grupo guerrilheiro paraguaio EPP diz que jornalistas podem virar "alvos"

O líder do grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP), preso por sequestro, disse, em entrevista ao jornal La Nación, que os jornalistas se tornariam alvos se virassem "informantes" do governo.

Em matéria publicada no domingo 25 de setembro, Alcides Oviedo Brítez acusou a imprensa de "aterrorizar os cidadãos", acrescentando que "estamos em guerra" e, por isso, haverá mais mortes de policiais, jornalistas e civis. Embora Oviedo esteja proibido de falar com os meios de comunicação, o La Nación conseguiu colocar um gravador na cela do guerrilheiro, de segurança máxima.

Na segunda-feira, o La Nación publicou outra matéria com mais trechos da entrevista. Oviedo defendeu o EPP, argumentando que as Forças Armadas é que são violentas e torturam. Para ele, só a imprensa considera a polícia "pobres anjinhos".

Jornalistas paraguaios estão preocupados com a EPP, já que, só na última semana, o grupo explodiu duas bombas e baleou dois policiais. Os profissionais de imprensa estão pedindo ajuda a organizações internacionais para cobrar do governo segurança no exercício da função.

De acordo com a Reuters, o EPP é um grupo de "extrema esquerda", responsável por sequestros, assassinatos e ataques a instalações militares e da polícia ao longo da última década. Também é atribuído ao EPP o sequestro e assassinato da filha de um ex-presidente.

O ministro do Interior, Carlos Filizzola, garantiu que a Forças Armadas e a polícia trabalharão em conjunto no Nordeste do país, na fronteira com o Brasil, para combater o EPP e prender seus membros, informou o ABC Color. Enquanto isso, o Senado já aprovou o estado de exceção nos estados de San Pedro e Concepción. Agora é Câmara dos Deputados que analisa a medida, acrescentou o ABC Color.

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