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Polícia da capital mexicana detém e agride jornalistas durante marcha contra presidente

Por Norma Garza

Uma comunicadora detida, uma agredida e despojada de seu celular, um fotojornalista agredido e um ataque a pedradas contra o edifício da Televisa na Cidade do México. Este foi o saldo negativo da cobertura jornalística dos atos de protesto pelo primeiro aniversário da presidência de Enrique Peña Nieto, em 1º de dezembro.

Artigo 19, organização defensora da liberdade de expressão, documentou que cerca de cem agentes policiais estavam presentes durante todo o trajeto da marcha da avenida Reforma e, quase ao final das mobilizações, as agressões começaram após alguns manifestantes mascarados lançarem pedras contra o edifício da Televisa, veículo que a opinião pública identifica como aliado do Presidente.

De acordo com o site Animal Político, os agentes detiveram Alejandra Natalia Rodríguez, jornalista do portal Somos El Medio e estudante da UNAM; agrediram e confiscaram o telefone de Tania Maldonado, repórter de La Jornada que gravava em vídeo com seu celular a prisão de Rodríguez; e atacaram a chutes Victor Hugo Torres, do portal Izquierda Mexicana , que cobria a confusão em frente à Televisa.

Segundo o relatório da Artigo 19, Diego Romo, integrante da brigada humanitária Marabunta, informou que os policiais não permitiram o atendimento médico à Rodríguez, que desmaiou após a agressão e sofreu lesões no braço esquerdo.

La Jornada publicou reveladoras fotos que mostram a forma como foi detida a repórter, apesar de não detalhar o incidente sobre Maldonado e o celular supostamente roubado.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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