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Quatro jornalistas recebem ameaças de morte em Puebla, no México

A Casa dos Direitos dos Jornalistas do México alertou sobre quatro casos de ameaças de morte contra jornalistas no estado de Puebla, de acordo com o diário El Heraldo de Puebla.

A porta-voz da organização jornalística, Claudia Martínez, assegurou que os ataques mais violentos contra jornalistas são cometidos por chefes de segurança pública e autoridades civis neste estado onde a insegurança tem aumentado, segundo o jornal La Jornada de Oriente.

Martínez denunciou que o chefe de segurança pública do município de Teziutlán reteve na prefeitura um repórter por suas publicações sobre a segurança municipal enquanto outro jornalista se encontra ameaçado.

O terceiro caso é o do correspondente do diário Milenio, Pedro Alonso, que recebeu ameaças do diretor de segurança pública da cidade de Izúcar de Matamoros durante a cobertura de um evento público. O quarto caso se trata de ameaças contra uma locutora de rádio feitas pelas autoridades locais de Ciudad Serdán.

A apresentadora do noticiário da rádio Vértice, Patricia Estrada, disse que a censura e a autocensura em Puebla não provem do crime organizado, mas do governo, informou El Heraldo de Puebla.

Em novembro passado, este estado localizado no oriente do México teve seu primeiro episódio de assassinato de jornalista no exercício de sua profissão. Em 2005, a jornalista Lydia Cacho foi presa neste lugar pelos crimes de calúnia e difamação e, recentemente, o governador estadual processou dois jornalistas por “abusos na liberdade de expressão”.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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