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Quem está matando jornalistas em Honduras?

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  • 18 Maio, 2010

Por Dean Graber

O jornalista Tim Padgett relata em uma matéria na revista Time que dois atiradores balearam Lucas Manzanares, assistente do editor de um dos principais jornais de Honduras. Embora ele e sua esposa tenham escapado com vida, sua filha e sua neta foram mortas no atentado, no dia 8 de maio.

Este é o oitavo crime contra a vida de trabalhadores da imprensa no país em pouco mais de dois meses. "Desde o dia 1o de março, sete jornalistas foram assassinados em circunstâncias muito similares às do ataque contra Manzanares", afirma Padgett. "Muitos temem que as mortes signifiquem um novo capítulo violento na crise política de Honduras, que começou com o golpe militar em junho do ano passado e, desde então, tem provocado muita dor de cabeça à diplomacia americana na América Latina."

A administração do presidente Porfirio Lobo negou que a liberdade de expressão esteja ameaçada em Honduras. Mas jornalistas locais estão recorrendo a coletes à prova de balas, redes sociais e até a Deus. “Defensores da impressa esperam que o estabelecimento, esta semana, de uma comissão independente de Verdade e Reconciliação, apoiada por Lobo, para examinar o golpe irá fazer com que o governo trate os assassinatos de jornalistas de forma mais séria", diz Padgett.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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