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Seguradoras rejeitam jornalistas que trabalham em Ciudad Juárez

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  • 10 Maio, 2010

Por Ingrid Bachmann

A violência tornou a cidade fronteiriça de Ciudad Juárez uma das mais perigosas do mundo, inclusive para o exercício do jornalismo. A situação é tal que muitas seguradoras passaram a recusar a venda de seguros de vida aos trabalhadores dos meios de comunicação, e outras optaram por cobrar uma taxa extra nas apólices oferecidas a esses profissionais, relata o jornal El Diario.

Segundo La Jornada, a Associação de Jornalistas de Ciudad Juárez se inteirou da situação ao tentar renovar os seguros coletivos de seus integrantes, o que vem fazendo há décadas. Mas a organização foi informada de que não poderia renovar os seguros por uma decisão interna da seguradora.

Medidas semelhantes afetaram jornalistas e policiais em localidades como Reynosa e Torreón, consideradas “zonas de guerra” contra o narcotráfico, diz El Diario.

Os jornalistas têm sido alvo frequente da violência no México. Recentemente, diversos repórteres foram agredidos ou assassinados, e muitos optaram por deixar o país. As constantes ameaças do tráfico de drogas também têm levado os meios de comunicação a praticar a autocensura, diz a BBC Mundo.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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