O primeiro webinar realizado pela recém-criada Rede para a Diversidade no Jornalismo Latino-Americano tratou dos mitos sobre a diversidade no jornalismo e trouxe lições sobre como superá-los. As jornalistas Lucia Solis, Ana Acosta e María Eugenia Ludueña compartilharam reflexões e boas práticas da aplicação da abordagem de diversidade no jornalismo na conversa em espanhol que aconteceu no dia 26 de janeiro.
A recém-formada Red para la Diversidad en el Periodismo Latinoamericano (Rede para a Diversidade no Jornalismo Latino-Americano) está organizando uma série de quatro webinars para promover a diversidade nas redações latino-americanas e nas notícias e nos conteúdos que elas produzem.
Além do podcast, o Projeto Querino conta com série de reportagens longas publicadas na revista piauí. Mais de 40 profissionais trabalharam por dois anos e oito meses na pesquisa e produção. Inspirado no Projeto 1619, do New York Times, o Querino traz um olhar afrocentrado para a história do Brasil para contribuir para o entendimento dos desafios políticos e sociais atuais do país.
A jornalista colombiana Edilma Prada, fundadora da Agenda Propia, e o mexicano Juan Manuel Jiménez Ocaña, especialista em interculturalidade e educação indígena, compartilham recomendações para representar com dignidade os saberes, os valores e os modos de existir dos povos indígenas.
Para que mulheres e pessoas LGBTQ+ tenham mais presença na agenda editorial e em posições de poder nos meios de comunicação, jornalistas precisam ter 'conversas desconfortáveis' com colegas, gestores e consigo mesmos, disseram Geo González (México), Carolina Vila-Nova (Brasil), Daniel Villatoro (Guatemala) e Esteban Hernández (Colômbia).
No quarto painel da Segunda Conferência Latino-Americana sobre Diversidade no Jornalismo, foram apresentados produtos e iniciativas de fomento à diversidade, equidade e inclusão (DEI) no jornalismo latino-americano. Segundo os panelistas, a diversidade pode ser promovida tanto desde meios tradicionais como dos independentes, desde que seja algo feito com rigor.
Dadas as narrativas de ódio e a invisibilidade sofrida pelas comunidades indígenas, afrodescendentes e negras na América Latina, os jornalistas devem dar voz a elas, conhecer suas realidades e evitar sua revitimização, disseram Diana Manzo, Indhira Suero e Edilma Prada, membros do primeiro painel da 2ª Conferência Latino-Americana sobre Diversidade no Jornalismo.
A sessão de encerramento da Segunda Conferência Latino-Americana sobre Diversidade no Jornalismo fez um balanço das ideias discutidas durante o evento e plantou a semente de criação de uma futura organização continental para promover os conceitos de diversidade, equidade e inclusão no jornalismo na América Latina.
No Brasil, onde 43,2% da população se identifica como branca e 55,7% como negra, as redações são compostas por 77% de funcionários brancos. Pesquisa constatou os efeitos da falta de diversidade na produção de notícias e nos próprios jornalistas.
O Sindicato de Jornalistas do Paraguai e coletivos de imprensa defendem os direitos das jornalistas e trabalhadoras de meios de comunicação no país de denunciar o assédio na redação e de não ser demitidas como resultado, como aconteceu recentemente.