Em um novo capítulo das tensas relações entre o governo e a imprensa privada no Equador, o presidente Rafael Correa se declarou "contentíssimo" com a campanha contra os meios de comunicação difundida pelo governo em emissoras de TV durante a Copa do Mundo, informou o jornal La Hora. A campanha acusa os meios de comunicação de "distorcerem a verdade" e criarem "uma ditadura".
Três jornalistas estão entre os primeiros presos políticos a serem libertados em Cuba, relatou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
O renomado jornalista colombiano Hollman Morris foi considerado permanentemente inelegível para um visto americano, com base na seção do Ato Patriota dos EUA que trata de "atividades terroristas", afirmou a Associated Press.
Em um ato público de desagravo esta semana, a Argentina reconheceu sua responsabilidade pela condenação do jornalista Eduardo Kimel, falecido em fevereiro deste ano, informou o Página 12. Kimel foi sentenciado em 1999 a um ano de prisão (a pena foi suspensa) e ao pagamento de uma indenização de US$ 20 mil por questionar a atuação de um juiz no processo que investigava o assassinato de cinco religiosos durante a ditadura militar (1976-1983). O magistrado processou o jornalista pelas críticas publicadas no livro "La Masacre de San Patricio", lançado em 1989.
Os meios de comunicação mais atingidos pela violência no México, que resultou na morte de pelo menos oito jornalistas este ano, são os das cidades do interior do país, observou a Inter Press Service (IPS).
Guillermo Fariñas encerrou nesta quinta-feira sua greve de fome e sede de 135 dias, diante do compromisso do governo de Havana de liberar 52 presos políticos, incluindo dissidentes e jornalistas, informou a AFP. O motivo da greve de fome era pressionar o governo a libertar 26 presos de consciência que estão doentes.
"Estou consciente da proximidade de minha morte e a considero uma honra, pois trato de salvar a vida de 25 presos políticos e de consciência dos quais a pátria necessita como líderes", afirmou o jornalista cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há 130 dias para pedir a libertação de presos de consciência na ilha.
O presidente da Venezuela lançou novos ataques verbais à Globovisión, única emissora de oposição ao governo ainda ativa no país. Hugo Chávez reiterou que o governo pode tomar as ações da empresa para cobrir o prejuízo deixado pelos donos, informaram El Universal e a Associated Press.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) publicou uma nota em repúdio a "uma agressiva campanha de anúncios de televisão" do governo de Rafael Correa contra os meios de comunicação independentes. Segundo a SIP, os anúncios, transmitidos durante as partidas da Copa do Mundo, acusam veículos impressos, emissoras de rádio e televisão de "distorcer a verdade" e promover a criação de "uma ditadura de certos meios de comunicação".
Um juiz de Nova York concedeu liberdade condicional à jornalista peruana Vicky Peláez, acusada de espionagem para a Rússia. Segundo a EFE, ela terá que pagar US$ 250 mil de fiança para ser libertada na próxima semana, e ficará em prisão domiciliar, monitorada eletronicamente. Os nove outros suspeitos no caso continuam detidos, informou a Reuters.
O governo de Álvaro Colom denunciou um suposto plano para desestabilizar o país por parte de grupos interessados em atacar o Estado, apoiados por "meios de comunicação tendenciosos", que "vendem suas canetas para quem oferece mais", informaram o Siglo XXI e a EFE.
A Anistia Internacional denunciou que o repressivo sistema legal cubano tem gerado um clima de temor entre jornalistas, dissidentes e ativistas, "que enfrentam o risco de prisões arbitrárias e perseguição".