As manifestações na capital da Venezuela, Caracas, que ocorreram em 1 de setembro, terminaram com denúncias de restrições à liberdade de imprensa e de expressão, que incluíram ataques e detenções temporárias de alguns trabalhadores de meios de comunicação, assim como a proibição da entrada no país de correspondentes internacionais.
O governo brasileiro alterou a estrutura e as regras de nomeação e exoneração de presidentes da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que administra uma agência de notícias e as emissoras de rádio e TV do governo federal. As mudanças extinguem o Conselho Curador da estatal que tinha sido criado para dar à EBC autonomia em relação ao governo.
Há um desacordo entre o governo do presidente boliviano Evo Morales e uma grande parcela dos meios de comunicação e organizações que defendem a liberdade de expressão, disse o Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, durante visita a La Paz, conforme noticiado pela Página Siete.
A Procuradoria-Geral do Paraguai ordenou a investigação da suposta espionagem de uma jornalista por parte das Forças Armadas, informou o Ministério Público.
Dois veículos de imprensa foram atacados por homens armados nos últimos três dias na Venezuela.
Argumentando que os jornalistas estavam fazendo gravações em um "corredor presidencial," membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) da Venezuela prenderam os jornalistas Andreina Flores e Jorge Luis Pérez Valery, informou o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS) Venezuela.
O recente episódio de ingerência governamental na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) reacendeu o debate sobre a necessidade de sistemas independentes de mídia pública na América Latina, ao invés das tradicionais emissoras estatais a serviço do governo e dos partidos dominantes.
Ameaças e abusos contra Noé Zavaleta levaram o jornalista mexicano a sair do estado de Veracruz em 12 de agosto, de acordo com Aristegui Noticias.
A jornalista Janet Hinostroza e o canal de televisão Teleamazonas foram punidos após terem questionado reiteradas vezes uma compra de medicamentos realizada pelo governo equatoriano. A punição ocorreu em 8 de agosto e foi determinada pela Superintendência de Informação e Comunicação (Supercom) do Equador, informou o portal Fundamedios.
Os repórteres da rede internacional de notícias CNN en Español, Fernando del Rincón e Alexis Ardines foram convocados novamente pelo Ministério Público da Bolívia para depor no julgamento do caso de tráfico de seres humanos referente à ex-parceira do presidente Evo Morales, Gabriela Zapata, conforme noticiado pela Página Siete.
Durante a elaboração de reportagens sobre o violento e complicado conflito interno da Colômbia, o jornalista Hollman Morris foi acusado de ser "cúmplice do terror" e sofreu ameaças e assédio.
Relatores Especiais das Nações Unidas e da Comissão Interamericana comunicaram ao governo venezuelano suas preocupações com a deterioração da liberdade de imprensa, na tentativa de abrir um diálogo com as autoridades e melhorar a situação dos jornalistas no país.