Todas as histórias vencedoras do Concurso Nacional de Jornalismo IPYS deste ano foram publicadas em veículos digitais independentes. Uma situação que tem se repetido ano após ano devido à censura exercida pelo governo venezuelano. A colaboração e o apoio de organizações internacionais tem sido fundamental para manter vivo o jornalismo investigativo na Venezuela.
O livro Índice Chapultepec de Liberdade de Expressão e Imprensa mostra a evolução dos indicadores de liberdade do exercício do jornalismo em 2019-2020 e 2020-2021. O poder Executivo aparece como o mais influente em situações desfavoráveis à imprensa nas Américas.
O jornalista brasileiro Rubens Valente participou na seção “5 perguntas” da LatAm Journalism Review (LJR). Na entrevista, ele fala sobre a condenação que o obriga a pagar BRL 319 mil a um ministro do Supremo Tribunal Federal. “Houve um efeito que provocou a pior censura de todas: a autocensura,” disse Valente.
As emendas aprovadas este mês pela Assembleia Nacional cubana, que impedem o financiamento estrangeiro e preveem prisão por calúnia a funcionários públicos, fornecem ao regime cubano ferramentas legais para justificar seus ataques à cobertura jornalística independente.
Embora o Uruguai já tenha sido considerado uma referência em termos de liberdade de expressão, o oitavo relatório de monitoramento realizado pelo Centro de Arquivos e Acesso à Informação Pública (Cainfo) registrou um aumento de 40% em relação ao ano anterior nos casos de ameaças e restrições a jornalistas. Há um aumento no número de casos pelo terceiro ano consecutivo e reformas legais regressivas na área de direitos humanos e liberdade de expressão.
“É um atentado à liberdade de expressão e de informação”, diz jornalista Rubens Valente, condenado pelo Supremo Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal a indenizar ministro Gilmar Mendes pela publicação do livro “Operação Banqueiro”.
Em 9 de fevereiro, Dia dos Jornalistas na Colômbia, a Federação dos Jornalistas Colombianos (Fecolper) publicou um relatório intitulado "Desamparo", que adverte que a deterioração das condições de trabalho da imprensa pode piorar em 2022, ano de eleições no país.
Em 2018, a Associação de Jornalistas de El Salvador apresentou um projeto de lei para a proteção de jornalistas. Depois de quase três anos, o esforço foi interrompido. A iniciativa foi arquivada quando o partido no poder Nuevas Ideas assumiu o controle da Assembleia Legislativa. As partes que retomaram a discussão no último minuto se responsabilizam entre si pela falta de aprovação.
Para marcar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a LatAm Journalism Review (LJR) decidiu reviver uma campanha nas redes sociais na qual fazemos a jornalistas da América Latina uma pergunta simples: “Por que a liberdade de imprensa é importante para você?”
Pesquisa realizada pela Gênero e Número em parceria com a Repórteres sem Fronteiras (RSF) apresenta dados, depoimentos e entrevistas em profundidade sobre os impactos e efeitos da desinformação e da violência online no dia a dia de jornalistas mulheres e LGBT+. “Essa prática de violência é tão bem sucedida que resulta até mesmo na intimidação das profissionais que não sofreram diretamente o ataque, mas que por medo de sofrer já mudam seu comportamento”, disse Bia Barbosa, da RSF.
Ameaças e entraves ao jornalismo no ambiente digital serão os temas a serem discutidos durante a comemoração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa em 2022. A data também servirá para analisar os avanços na segurança de jornalistas e na questão da impunidade no 10o aniversário do Plano de Ação da ONU sobre este tema.
Um ambiente de vigilância na Venezuela levou ao início da dúvida contra a livre expressão — o início da autocensura. Os jornalistas venezuelanos tiveram que encontrar uma maneira de se reinventar entre censura, ameaças, desinformação e sanções da mídia.