A reputação dos jornalistas está sob ataque. O estudo “Não apenas palavras: Como os ataques à reputação prejudicam os jornalistas e minam a liberdade de imprensa” constatou que, entre os jornalistas consultados ao redor do mundo, a maioria sofreu ataques a suas reputações pelo menos uma vez por mês. No Brasil, Bolsonaro foi o agressor mais citado.
Jornalistas, meios de comunicação e defensores dos direitos humanos em Honduras têm sido o alvo de ataques difamatórios coletivos nos últimos meses. Organizações internacionais e jornalistas veem essas campanhas como uma estratégia para silenciar o trabalho da imprensa.
A presidente da Associação Nacional de Jornalistas do Peru, Zuliana Lainez, fala sobre a situação do jornalismo independente na América Latina, o persistente assédio judicial contra a imprensa e a atual crise de confiança em relação à mídia no Peru.
Em 28 de junho, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas apresentou seu relatório "Equador à beira do abismo: paralisia política e aumento da criminalidade representam novas ameaças à liberdade de imprensa", que descreve a atual crise enfrentada pelo jornalismo no país.
Diante da sentença de seis anos de prisão contra o jornalista José Rubén Zamora pelo suposto crime de lavagem de dinheiro, organizações internacionais e nacionais manifestaram sua preocupação com a situação geral dos jornalistas no país, o enfraquecimento da democracia na Guatemala e com o próprio Zamora, que enfrenta pelo menos outros dois casos contra ele.
Depois da prisão de José Rúben Zamora e do fechamento do elPeriódico, jornal que ele fundou e dirigia, vários meios desafiam a pressão do governo e trabalham juntos em investigações e fact-checking na Guatemala. Quatro jornalistas contam como continuam defendendo o jornalismo no país.
Várias décadas se passaram desde que os últimos regimes ditatoriais foram instalados no Cone Sul da América Latina. Defensores dos direitos humanos e uma jornalista falam sobre os desafios de reportar o passado recente e por que é importante continuar fazendo isso.
Parlamentares do Peru lançam ataques variados para restringir a liberdade de imprensa, e associações jornalísticas resistem como podem. Polêmico projeto de lei pode fracassar no Congresso, mas outras iniciativas ameaçadoras permanecem em discussão, refletindo a deterioração das condições democráticas no país.
Depois de quase 27 anos, o diário guatemalteco elPeriódico anunciou seu fechamento em meio a alegações de perseguição do governo. Seu presidente e fundador está há quase 10 meses na prisão desde que foi preso por acusações muito criticadas.
O jornal mais aclamado de El Salvador transferiu seus setores administrativo e jurídico para a Costa Rica devido a assédio e vigilância do governo. No entanto, os jornalistas permanecem no país. Em entrevista à LJR, o cofundador Carlos Dada explica como essa mudança permite que eles continuem seu trabalho investigativo, enquanto expressa preocupações com o autoritarismo e possível criminalização de jornalistas.
A jornalista independente cubana Tania Díaz Castro dedicou 60 anos à sua profissão, foi prisioneira política e publicou quatro livros de poesia. Agora, aos 84 anos, ela vive sozinha em Cuba, sem pensão ou aposentadoria. O coletivo Casa Palanca está realizando uma campanha de arrecadação de fundos para obter uma pensão digna para a jornalista.
Este 2023 completam-se 30 anos desde que a Assembleia Geral da ONU proclamou o dia 3 de maio como o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. O principal evento de comemoração acontecerá em Nova York, e também haverá celebrações em países da América Latina.