O jornalista mexicano Jorge Martínez Castañeda foi hospitalizado depois de ter sido brutalmente agredido enquanto caminhava com seu neto na praça principal de Tacámbaro, no estado de Michoacán, no dia 6 de janeiro.
A violência fatal contra jornalistas na América Latina continuou em crescimento em 2015, e o Brasil foi destaque na lista dos países mais mortais para jornalistas, preparada pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ na sigla em inglês), ocupando o terceiro lugar no mundo todo.
“O governo mexicano não se preocupa com os jornalistas”, afirmou recentemente a jornalista investigativa Anabel Hernández ao Centro Knight para o Jornalismo nas Américas.
A polícia está investigando a morte do radialista Luiz Manoel de Souza, de 48 anos, assassinado a tiros em 7 de dezembro em uma zona rural de Ubá por um grupo de homens. O grupo, que estava em uma caminhonete, confrontou o jornalista enquanto ele estava em seu veículo. Os homens dispararam contra o carro e seus pneus, o que fez Souza sair do carro e tentar fugir para um matagal, onde o mataram.
Vários jornalistas, fotojornalistas e meios de comunicação mexicanos enviaram recentemente uma carta formal ao governo de Veracruz denunciando casos de suposta violência policial contra os jornalistas que cobriam protestos de professores nos días 21 e 22 de novembro.
O blogueiro brasileiro e repórter de rádio Orislandio Timoteo Araújo foi morto a tiros no dia 21 de novembro enquanto conduzia uma moto com sua esposa em in Buruticupu, no estado do Maranhão. Ele é o terceiro jornalista assassinado no nordeste do Brasil este mês.
Duas pessoas a bordo de uma motocicleta atiraram fatalmente no blogueiro brasileiro de 30 anos Ítalo Eduardo Diniz Barros no dia 13 de novembro, em Governador Nunes Freire, Maranhão. Um amigo que estava com Diniz também foi baleado, mas sobreviveu, segundo o portal G1.
O ex-prefeito Vilmar Acosta chegou a Assunção – capital paraguaia – nesta terça-feira, 17 de novembro, depois do Brasil aprovar sua extradição, e agora terá que responder pelo assassinato do jornalista Pablo Medina, segundo informou a agência Reuters. No ataque dirigido ao repórter também morreu sua assistente Antonia Almada.
Este já é o ano mais mortífero para a imprensa mexicana desde que o presidente Enrique Peña Nieto tomou posse em 2012, de acordo com a organização de defesa da liberdade de expressão Artigo 19.
Um ex-subdiretor da polícia acusado de ordenar o desaparecimento e o homicídio do jornalista mexicano Moisés Sánchez Cerezo foi solto depois que um juiz federal concedeu um recurso de amparo, uma ação para proteger os direitos constitucionais de um indivíduo.