O Instituto Internacional da Imprensa (IPI) alertou nesta quarta-feira, 5 de outubro, que 12 jornalistas latino-americanos estão ameaçados de morte e que a prática se tornou comum em países como Honduras e Peru, os campeões em casos de ameaças.
Gloria Seco e Claudio Ruiz, locutores da Radio Ciudad, da cidade de San Ramón de la Nueva Orán, em Salta, no Norte da Argentina, receberam ameaças quatro dias depois de apresentarem denúncias sobre o narcotráfico.
Os apresentadores do programa Hits Star Noticias, da rádio Hits Star, na cidade de Bagua, no Norte do Peru, receberam em casa folhetos com ameaças de morte, informou o Instituo Imprensa e Sociedade (IPYS).
A organização Foro Penal Venezolano pediu, em carta, que o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos envie um observador à Venezuela, para acompanhar a situação do jornalista Leocenis García.
Organizações internacionais condenaram o assassinato da jornalista mexicana María Elizabeth Macías e pediram às autoridades mexicanas que tomem medidas urgentes para deter a violência contra os jornalistas.
No mesmo fim de semana em que um profissional do Estadão foi detido por desacato ao questionar a expulsão de jornalistas de uma delegacia no Rio de Janeiro, a repórter policial Fátima Souza, da Rede Record, denunciou ter enfrentado situação semelhante em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
O líder do grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP), preso por sequestro, disse, em entrevista ao jornal La Nación, que os jornalistas se tornariam alvos se virassem "informantes" do governo.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) condenou a perseguição, por meio de ataques e processos judiciais, a jornalistas na Venezuela, na Nicarágua e na Argentina.
A jornalista María Elizabeth Macías Castro, chefe de redação do jornal Primera Hora, foi encontrada morta, decapitada, na cidade mexicana de Nuevo Laredo, na fronteira com os Estados Unidos,
A jornalista Silvia González se viu obrigada não só a deixar o emprego no jornal El Nuevo Día, como sair também da Nicarágua, após receber várias ameaças de morte desde 30 de julho, informou o diário.
O jornalista Mario Castro Rodríguez, diretor do programa "El látigo de la corrupción", do canal Globo TV, de Honduras, denunciou ter recebidos mensagens de texto com ameaças de morte, informou o Instituto Prensa y Sociedad.
Até setembro de 2011, já foram registradas mais agressões contra jornalistas na Guatemala do que em todo o ano de 2010, ressaltou o informe anual do Centro de Reportes Informativos sobre Guatemala (Cerigua).