O ano de 2018 verá eleições presidenciais em vários países da América Latina, e com elas o risco de desinformação generalizada causada pelas notícias fraudulentas, as chamadas “fake news”. No Brasil, a preocupação com o problema tem movido o poder público, e a quatro meses do pleito o TSE tomou sua primeira decisão relacionada ao combate às notícias fraudulentas no contexto das eleições.
Logo após as controversas eleições presidenciais de 20 de maio, uma agência reguladora do governo da Venezuela está usando uma controversa nova lei de comunicações contra o site de um dos jornais de maior circulação do país.
Enquanto jornalistas latino-americanos se preparam para cobrir as campanhas e as eleições em toda a região nos próximos meses, eles estão enfrentando candidatos e membros do público hostis à profissão, incluindo alguns que insistem em usar ataques físicos e verbais para interferir no trabalho destes profissionais.
Durante as contestadas eleições presidenciais venezuelanas, em 20 de maio, monitores da liberdade de expressão registraram ataques físicos contra jornalistas, bem como intimidação. É mais do mesmo para uma comunidade de jornalistas que tem sido ameaçada fisicamente, nos tribunais e online, enquanto cobria a crescente agitação política e social nos últimos anos.
Os eleitores brasileiros terão uma ajudante robô para combater a desinformação nas eleições gerais deste ano. O nome dela é Fátima, uma bot conversacional que está sendo desenvolvida pela equipe do site de checagem Aos Fatos em parceria com o Facebook. O lançamento está programado para junho.
Vários profissionais de comunicação em Honduras denunciaram o roubo de seus pertences, assim como perseguições e ameaças por parte das forças armadas do país, nos dias posteriores às controversas eleições presidenciais realizadas no país centro-americano, informou o Comitê pela Livre Expressão (C-Libre, na sigla em espanhol) nesta terça-feira.
Inspiradas pelo poder dos aplicativos de mensagens para estabelecer relacionamentos pessoais mais próximas com os leitores de notícias, um trio de jornalistas chilenas veteranas criou este ano uma bot de notícias com o fim de manter os eleitores informados durante as próximas eleições do país.
O combate às fake news provavelmente será uma prioridade para várias instâncias do poder público do Brasil, que terá eleições nacionais no ano que vem. Congresso Nacional, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Exército e Polícia Federal já acenaram para a importância da diminuição de notícias fabricadas disseminadas nas redes sociais para evitar um impacto negativo nas disputas para a presidente, governadores, deputados e senadores.
Os jornalistas foram alvo de sentimentos e ações anti-imprensa de funcionários públicos, forças de segurança e cidadãos antes e durante as eleições regionais para 23 governadores na Venezuela, realizada no dia 15 de outubro .
O reconhecido jornalista argentino Jorge Lanata foi detido por oito horas e impedido de entrar na Venezuela antes de uma votação controversa para uma Assembléia Constituinte que redigirá uma nova constituição para o país.
Os equatorianos compareceram às urnas em 19 de fevereiro para eleger um novo presidente que enfrentará vários desafios, entre eles a redução de um enorme déficit fiscal.
Apenas alguns dias antes de o Equador eleger um novo presidente, a jornalista Janet Hinostroza recebeu um dispositivo explosivo no seu trabalho.