O editor responsável do jornal equatoriano El Universo anunciou que pensa em processar o presidente do país, Rafael Correa, por seus recentes ataques contra ele - os quais “colocam em risco sua integridade e a de sua família”.
Um jornalista equatoriano foi assassinado a tiros perto de casa, em El Triunfo, a cerca de 61 quilômetros da cidade de Guayaquil, no dia 1 de junho, informou a ONG Fundamedios.
Uma jornalista equatoriana recebeu ameaças de morte por telefone. A fotógrafa e a família dela estão sob proteção policial, após a apresentação de uma denúncia ao Ministério Público, informou o diário El Telégrafo.
A ministra de Coordenação Política do Equador confirmou que os membros do gabinete presidencial não vão mais dar entrevistas a meios de comunicação privados, informou a organização equatoriana não governamental Fundamedios. Além deste grave ataque à liberdade de imprensa, em outro comunicado, Fundamedios noticiou o fechamento do nono veículo de comunicação em menos de um mês no país.
Em apenas quinze dias, quatro emissoras de rádio e dois canais de TV foram fechados no Equador, informou a EFE. Segundo a ONG equatoriana Fundamedios, os veículos fechados nas últimas semanas são os canais de TV Telesangay e Lidervisión e as rádios El Dorado, Líder, Pantera e Net, acrescentou o El Comercio.
No sábado, 9 de junho, o presidente equatoriano Rafael Correa anunciou que está considerando que os ministros não concedam mais entrevistas a meios de comunicação privados com fins de lucro para não seguir financiando famílias donas dos veículos, informou a agência de notícias EFE.
Um grupo de 16 organizações ligadas à rede Intercâmbio Internacional pela Liberdade de Expressão (IFEX) enviou uma carta à Organização dos Estados Americanos (OEA) para pedir o fortalecimento do sistema regional de direitos humanos, que inclui a Corte e a Comissão Interamericana (CIDH), assim como a Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão.
No que parece ser mais uma tentativa desesperada de silenciar os meios de comunicação de seu país, o presidente equatoriano Rafael Correa fez um chamado aos cidadãos para boicotarem a imprensa, informou a agência de notícias AFP.
Em mais um episódio de conflito com a imprensa, o presidente do Equador, Rafael Correa, desmereceu o trabalho dos jornalistas em entrevista ao fundador de WikiLeaks, Julian Assange, no programa “The World Tomorrow”, informou o Europa Press.
Após receber críticas do governo americano sobre a situação da liberdade de expressão no Equador, o presidente equatoriano, Rafael Correa, repudiou as acusações de que o livre discurso está ameaçado no país, afirmando considerar uma “vergonha” que o presidente americano, Barack Obama, “saia em defesa dos informantes”, informou a AFP.
O governo dos Estados Unidos pediu ao Equador que garanta a liberdade de expressão no país e que "os jornalistas possam trabalhar sem medo de ameaças ou castigos”, informou a EFE. O governo americano também questionou o caso do jornalista equatoriano César Ricaurte, diretor da ONG equatoriana Fundamedios, que afirma ter recebido ameaças de morte por suas críticas ao governo, acrescentou a EFE.
Na segunda-feira, 23 de abril, com o fim da sua reunião de meio de ano, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) concluiu que as principais dificuldades enfrentadas pela imprensa nas Américas são "crimes contra jornalistas e governos arbitrários e intolerantes.”