A direção do El Universo anunciou que o jornal equatoriano continuará circulando, apesar de, no dia 20 de julho, ter sido condenado a pagar 10 milhões de dólares de indenização ao presidente do país, Rafael Correa, por causa de um editorial publicado em fevereiro de 2011. Os diretores Carlos, César e Nicolás Pérez e Emilio Palacio, ex-editor de opinião do diário, também deverão pagar, de forma solidária, mais 30 milhões de dólares ao mandatário. Os quatro ainda foram sentenciados a três anos de prisão. Correa afirmou que não terá misericórdia e não voltará atrás, segundo a Notimex.
A Justiça equatoriana condenou os diretores e um ex-editor de opinião do jornal El Universo a três anos de prisão, além do pagamento de uma indenização de 40 milhões de dólares ao presidente Rafael Correa por calúnia e difamação, informou a EFE. Em fevereiro, no editorial "NÃO às mentiras", o mandatário foi acusado de ordenar que agentes de seguranças atirassem "à vontade" contra um hospital durante uma rebelião policial, em setembro de 2010. A sentença foi anunciada na quarta-feira 20 de julho de 2011, dias após uma tentativa de conciliação por parte da publicação, que propôs uma retratação,
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou que a nova e polêmica Lei de Comunicação, em discussão no Congresso, será o "maior legado de seu governo", segundo a Fundamedios. Ele disse ainda que ela o permitirá combater os "sicários de tinta", uma referência aos veículos de oposição.
Em uma tentativa de livrar o jornal de um processo milionário movido pelo presidente de Ecuador, Rafael Correa, após a publicação de um texto de sua autoria, Emilio Palacio renunciou ao cargo de editor de opinião do El Universo, informou o Terra. A decisão foi divulgada no domingo 10 de julho de 2011.
Alguns meios de comunicação peruanos interpretaram como ameaças veladas à liberdade de expressão as declarações do presidente eleito Ollanta Humala sobre o tema durante uma visita ao Equador - onde se reuniu com Rafael Correa, mandatário que mantém uma tensa relação com a imprensa de seu país. Humala assumirá o cargo em 28 de julho de 2011.
O presidente do Equador, Rafael Correa, questionou a independência de algumas organizações não-governamentais (ONGs) no país e as acusou de receber financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID na sigla em Inglês), entre elas a Fundação Andina para Observação e Estudos de Mídia (FUNDAMEDIOS) e o movimento Participação Cidadã, ambas críticas da política de comunicação de sua administração, informa o jornal Opinión.
Enquanto organizações de jornalismo de Equador e Paraguai reclamam do uso da Justiça contra a imprensa, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) divulgou uma resolução expressando sua preocupação com a "deterioração da liberdade expressão e da liberdade de imprensa no continente americano" e pedindo a revisão ou anulação de leis que limitem o trabalho dos jornalistas, informou o La Prensa.
O presidente do Equador, Rafael Correa, parabenizou Ollanta Humala pela vitória na disputa persidencial no Peru e o alertou para possíveis problemas futuros com o que chamou de "imprensa corrupta" do país, informou a EFE.
Organizações de defesa da liberdade de imprensa e associações jornalísticas expressaram preocupação com o futuro da liberdade de imprensa no Equador, onde a tensão entre o governo e a mídia tem se intensificado nos últimos meses graças a ações propostas contra jornalistas e empresas jornalísticas pelo próprio presidente Rafael Correa.
Em dois casos diferentes, jornalistas equatorianos denunciam estar sendo atacados por causa de sua atuação crítica. Em um deles, um promotor da cidade de Manta está processando cinco diretores e jornalistas do grupo de mídia Ediasa por difamação, após um artigo segundo o qual ele teria recebido suborno, informou a Fundamedios por meio da IFEX..
Uma semana depois de ser preso por supostamente ofender o procurador-geral do Equador em um blog, Víctor Vizcaíno Luzuriaga foi libertado~com restrições, informou a imprensa local.
Os votos ainda estão sendo contados, mas o presidente equatoriano Rafael Correa declarou vitória em um referendo sobre questões que vão desde a proibição das touradas à criação de um grupo para regular os meios de comunicação, informou O Globo. Tanto o governo quanto a oposição têm sugerido que houve irregularidades durante a votação no sábado, 7 maio, de acordo com a imprensa local.