Jornalistas comunitários na Guatemala, El Salvador e Honduras enfrentam repressão, dificuldades econômicas e falta de acesso às frequências de rádio. Eles buscam ajuda da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
A GIJN conversou com repórteres de veículos sediados na Colômbia, Honduras e México, bem como de dois projetos regionais, para saber como eles realizaram seu trabalho recente, onde estão inovando nessa área e como eles estão mudando a narrativa sobre o crime organizado, do foco nos chefões para investigações sobre o impacto do crime organizado nas pessoas comuns.
A investigação sobre o assassinato do jornalista Gabriel Hernández em Honduras não avançou nesses quase cinco anos desde que o crime foi cometido. A falta de acesso à informação e a falha na proteção do jornalista antes de seu assassinato fazem parte dos questionamentos às autoridades.
Jornalistas, meios de comunicação e defensores dos direitos humanos em Honduras têm sido o alvo de ataques difamatórios coletivos nos últimos meses. Organizações internacionais e jornalistas veem essas campanhas como uma estratégia para silenciar o trabalho da imprensa.
A jornalista investigativa hondurenha Jennifer Ávila, repórter, diretora editorial e cofundadora do veículo Contracorriente, foi a vencedora da categoria Reconhecimento à Excelência do Prêmio Gabo 2023, tornando-se a primeira jornalista de seu país a receber a honraria, anunciou a Fundação Gabo na manhã desta segunda-feira (6). Na ata em que justifica a sua escolha, o […]
Diante da recente escalada dos ataques às liberdades de imprensa e expressão em Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua, profissionais destes países se uniram para fundar a Rede Centro-Americana de Jornalistas. A guatemalteca Marielos Monzón, uma das fundadoras da Rede, falou à LatAm Journalism Review (LJR) sobre os objetivos e linhas de trabalho dessa iniciativa em defesa do jornalismo e do direito cidadão à informação.
O único escritório que existe em Honduras para investigar a violência contra jornalistas e proteger este setor vulnerável é a FEPRODDHH. Mas há apenas cinco promotores — todos concentrados em Tegucigalpa — sem investigadores designados e sem competência legal para investigar casos de homicídio.
Relatório da Repórteres Sem Fronteiras encontrou “graves problemas, que requerem mudanças urgentes”, nos mecanismos de proteção a jornalistas nestes quatro países, que concentram 90% dos assassinatos de jornalistas perpetrados na América Latina nos últimos dez anos
Histórias sobre gangues e organizações criminosas, áreas de fronteira com a ambiguidade de seus limites e jurisdições, cidades urbanas marginais ou uma simples praça central de uma cidade tomada por cartéis de drogas são alguns dos temas e cenários latino-americanos onde os jornalistas da região podem encontrar suas melhores reportagens ou uma situação de vida ou morte.
No primeiro mês de 2022, a América Latina assumiu a liderança como a região mais mortífera para a imprensa, registrando sete jornalistas mortos: quatro no México, dois no Haiti e um em Honduras.
“Gostaria de ver este fórum como uma oportunidade para refletir sobre nossa situação, para iniciar uma conversa que nos leve a enfrentar juntos, mais organizados e acompanhados, a onda de ataques orquestrados ao jornalismo centro-americano de cada um de nossos governos. Juntos, organizados, vamos resistir melhor ”, disse o jornalista Carlos Dada no Fórum de Jornalismo da América Central.
Contracorriente é um veículo digital novo, fundado em 2017, mas já capaz de exercer impacto em Honduras. E isso foi reconhecido no Prêmio Maria Moors Cabot de 2021 com uma menção especial do júri. À LJR, as duas fundadoras falam sobre investigação jornalística, dos bastidores da criação e manutenção de Contracorriente e sobre como lidam com o machismo no jornalismo.