O México e o Brasil estão entre os países que apresentaram os maiores aumentos nas taxas de impunidade nos casos de assassinatos de jornalistas nos últimos 10 anos, de acordo com o Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) e seu 10º Índice Anual de Impunidade Global.
Ao longo de 14.800 quilômetros e quatro meses, os repórteres Bob Fernandes e Bruno Miranda visitaram quatro estados brasileiros para descobrir quem puxou o gatilho e quem mandou disparar os 36 tiros que mataram seis jornalistas brasileiros em casos icônicos para a imprensa do país.
Um tribunal da Guatemala condenou Sergio Waldemar Cardona Reyes a 30 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Danilo López, em 2015.
A Polícia Nacional da Colômbia está sendo acusada como possível responsável por dois ataques contra a liberdade de imprensa ocorridos em lugares diferentes no dia 8 de outubro.
Daniel Urresti, ex-general e ministro do Interior durante o governo do presidente peruano Ollanta Humala, foi acusado pelo procurador Luis Landa da co-autoria do assassinato do jornalista Hugo Bustíos, em 1988. O procurador fez a declaração durante o atual julgamento contra Urresti e pediu 25 anos de prisão para o ex-general, segundo reportou o jornal La República.
Valorizar o trabalho jornalístico no México, acabar com a impunidade de ataques contra jornalistas e fortalecer a categoria são os objetivos preliminares dos participantes dos grupos de trabalho da iniciativa #AgendaDePeriodistas, que busca criar uma organização e um plano para combater a violência contra a imprensa no país.
O caso da morte do jornalista colombiano Nelson Carvajal Carvajal ainda não esclarecido, assassinado em 16 de abril de 1998, será analisado em audiência pública pela Comissão Interamericano de Direitos Humanos (CIDH), em 22 e 23 de agosto, na Costa Rica, de acordo um comunicado de imprensa da organização.
O assassinato do premiado jornalista mexicano Javier Valdez, no dia 15 de maio, foi a gota d'água para o sindicato de jornalistas do país, considerado um dos mais periogosos para exercer o jornalismo no mundo.
Como muitos jornalistas perceberam, a morte do repórter mexicano Javier Valdez, no dia 15 de maio, foi diferente dos assassinatos de outros colegas do país.
Apesar de ser comum o descumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI) no Brasil, funcionários públicos não são punidos pela prática, segundo relatório da Artigo 19, ONG que defende a liberdade de expressão e o direito à informação. O relatório foi lançado em comemoração aos cinco anos da lei, que entrou em vigor em 16 de maio.
Quando Miroslava Breach foi morta em Chihuahua no dia 23 de março deste ano, seu colega Javier Valdez escreveu no Twitter “No Al Silencio” (Não ao Silêncio), rejeitando a censura e a violência contra a imprensa em seu país. Depois que o próprio Valdez foi assassinado, outros jornalistas têm usado as mesmas palavras para continuar a luta do colega.
Após o chamado do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) para que o Governo do México tome medidas mais severas para acabar com a impunidade na violência contra jornalistas, o presidente do país, Enrique Peña Nieto, se comprometeu a fazer do tema uma das prioridades do restante de sua administração.