Após o assassinato de sua família e cinco de seus colegas, o repórter e fotógrafo Miguel Ángel López Solana instou as organizações de notícias a proteger seus jornalistas em Veracruz, estado da costa do Golfo do México, nesta terça-feira, 22 de maio, durante o Décimo Fórum de Austin, dedicado este ano ao tema "Segurança e Proteção de Jornalistas".
O jornal mexicano Reforma denunciou que a casa de seu diretor editorial, Lázaro Ríos Cavazos, foi atacada na noite de terça-feira, 22 de maio.
"Preciso de uma arma", pediu um jornalista, como medida de segurança para trabalhar em Veracruz, um dos lugares mais perigosos para a imprensa mexicana. Após o pedido, Daniela Pastrana, da organização mexicana Jornalistas a Pé (Periodistas a Pie) respondeu ao jornalista que uma arma de fogo não era a solução, mas seu colega de Veracruz insistiu: "Eu não quero uma arma para me defender, mas para garanti que eles não vão me pegar vivo". A resposta do repórter veio após cinco jornalistas mexicanos serem encontrados mortos com marcas de tortura nos últimos 30 dias.
Durante o 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas, do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, especialistas discutiram os mecanismos de proteção de jornalistas da Colômbia, no México e na Guatemala.
Um dia após ter sido sequestrado por três homens armados no estado mexicano de Sonora, o jornalista Marcos Ávila foi encontrado morto por estrangulamento. O corpo dele apresentava sinais de tortura, informou o jornal El Universal.
As autoridades do estado mexicano de Sonora confirmaram, no dia 17 de maio, o sequestro de um jornalista especializado em temas de Justiça e segurança, informou a agência Proceso.
Pela segunda vez em apenas uma semana, a sede de um jornal é atacada a tiros no estado de Tamaulipas, um dos mais afetados pelo crime organizado no México. Na noite de 11 de maio, o prédio do jornal El Mañana, de Nuevo Laredo, cidade na fronteira com o estado americano do Texas, foi atacado a tiros, segundo a agência Proceso. No dia 7 de maio, uma ataque semelhante havia ocorrido contra o diário Hora Cero, na cidade de Reynosa.
A rede mexicana de rádio Grupo Fórmula enviou uma carta ao dono do jornal Reforma para esclarecer os pagamentos por “menções jornalísticas” recebidas do candidato à Presidência e ex-governador do Estado de México Enrique Peña Nieto, informou a própria emissora.
Quanto custa um jornalista do México? De acordo com uma reportagem do jornal Reforma, a resposta poderia ser milhões de pesos, no caso de Joaquín López Dóriga, âncora de telejornal da Televisa, a principal emissora do México.
Um ex-repórter policial foi encontrado morto no interior de um veículo na cidade de Cuernavaca, a 85 quilômetros da Cidade do México, informou a agência AFP neste domingo, 13 de maio.
Apesar do tiroteio contra o prédio do jornal El Mañana na cidade fronteiriça de Nuevo Laredo na noite de sexta, 11 de maio, os jornalistas da publicação conseguiram fechar a edição de sábado e voltaram a trabalhar no dia seguinte, informou o diário Detroit Free Press. “Nem uma granada parou as prensas no México”, foi a manchete do Detroit Free Press para dar destaque ao ataque armado contra o jornal.
O jornalista mexicano Humberto Padgett foi um dos ganhadores do prestigiado Prêmio Ortega y Gasset de Jornalismo 2012, organizado pelo jornal espanhol El País e entregue no dia 8 de maio. Padgett, repórter da revista mexicana Emeequis, venceu na categoria de jornalismo impresso pelo trabalho Os Meninos Perdidos", sobre o crime organizado no México.