"Preciso de uma arma", pediu um jornalista, como medida de segurança para trabalhar em Veracruz, um dos lugares mais perigosos para a imprensa mexicana. Após o pedido, Daniela Pastrana, da organização mexicana Jornalistas a Pé (Periodistas a Pie) respondeu ao jornalista que uma arma de fogo não era a solução, mas seu colega de Veracruz insistiu: "Eu não quero uma arma para me defender, mas para garanti que eles não vão me pegar vivo". A resposta do repórter veio após cinco jornalistas mexicanos serem encontrados mortos com marcas de tortura nos últimos 30 dias.
Durante o 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas, do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, especialistas discutiram os mecanismos de proteção de jornalistas da Colômbia, no México e na Guatemala.
Um dia após ter sido sequestrado por três homens armados no estado mexicano de Sonora, o jornalista Marcos Ávila foi encontrado morto por estrangulamento. O corpo dele apresentava sinais de tortura, informou o jornal El Universal.
As autoridades do estado mexicano de Sonora confirmaram, no dia 17 de maio, o sequestro de um jornalista especializado em temas de Justiça e segurança, informou a agência Proceso.
Pela segunda vez em apenas uma semana, a sede de um jornal é atacada a tiros no estado de Tamaulipas, um dos mais afetados pelo crime organizado no México. Na noite de 11 de maio, o prédio do jornal El Mañana, de Nuevo Laredo, cidade na fronteira com o estado americano do Texas, foi atacado a tiros, segundo a agência Proceso. No dia 7 de maio, uma ataque semelhante havia ocorrido contra o diário Hora Cero, na cidade de Reynosa.
A rede mexicana de rádio Grupo Fórmula enviou uma carta ao dono do jornal Reforma para esclarecer os pagamentos por “menções jornalísticas” recebidas do candidato à Presidência e ex-governador do Estado de México Enrique Peña Nieto, informou a própria emissora.
Quanto custa um jornalista do México? De acordo com uma reportagem do jornal Reforma, a resposta poderia ser milhões de pesos, no caso de Joaquín López Dóriga, âncora de telejornal da Televisa, a principal emissora do México.
Um ex-repórter policial foi encontrado morto no interior de um veículo na cidade de Cuernavaca, a 85 quilômetros da Cidade do México, informou a agência AFP neste domingo, 13 de maio.
Apesar do tiroteio contra o prédio do jornal El Mañana na cidade fronteiriça de Nuevo Laredo na noite de sexta, 11 de maio, os jornalistas da publicação conseguiram fechar a edição de sábado e voltaram a trabalhar no dia seguinte, informou o diário Detroit Free Press. “Nem uma granada parou as prensas no México”, foi a manchete do Detroit Free Press para dar destaque ao ataque armado contra o jornal.
O jornalista mexicano Humberto Padgett foi um dos ganhadores do prestigiado Prêmio Ortega y Gasset de Jornalismo 2012, organizado pelo jornal espanhol El País e entregue no dia 8 de maio. Padgett, repórter da revista mexicana Emeequis, venceu na categoria de jornalismo impresso pelo trabalho Os Meninos Perdidos", sobre o crime organizado no México.
Outro meio de comunicação mexicano foi alvo de um ataque a tiros no dia 7 de maio: o jornal Hora Cero, da cidade de Reynosa, na fronteira com o estado americano do Texas, informou o Vanguardia.
Após o assassinato de quatro jornalistas em Veracruz, no México, em menos de uma semana, alguns diretores de veículos locais ordenaram que seus repórteres não fossem aos funerais de seus colegas como uma medida de proteção, informou a agência AFP.