unicípio, na fronteira com os Estados Unidos, também é o lar de mais de 1 milhão de pessoas, testemunhas de ações positivas e atos extraordinários que merecem ser reconhecidos, segundo um projeto criado pelo Centro para o Futuro da Mídia Cidadã, do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), nos EUA.
Durante o ano de 2010, Paquistão, Iraque, México e Honduras foram os países com o número mais alto de jornalistas mortos em crimes relacionados ao exercício da profissão, diz um relatório especial do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Os jornalistas sempre vivem em estado de tensão com sua profissão. Para desvendar a verdade, eles precisam desenvolver não apenas um conhecimento abrangente sobre os temas de interesse público, como também devem ter o chamado "faro jornalístico" para estar no lugar certo na hora certa de cobrir um fato. No entanto, para os jornalistas que trabalham em zonas de conflito, tais habilidades jornalísticas podem significar a morte.
O fotógrafo da agência Reuters Jorge Silva foi agredido e detido por seguranças da Organização das Nações Unidas e policiais federais mexicanos quando cobria uma manifestação de ambientalistas durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP-16, em Cancún, informaram os jornais El Diario de Yucatán e El Universal.
O governo mexicano, assim como os veículos de comunicação de ambos os lados da fronteira e as organizações de liberdade de imprensa e de jornalismo, precisam fazer mais para acabar com a perigosa situação da imprensa na fronteira do México com os Estados Unidos, ameaçada pela impunidade e pela violência ligada ao narcotráfico.
A jornalista Anabel Hernández apresentou uma denúncia penal contra o ministro de Segurança do México, Genaro García Luna, e o coordenador de Segurança Regional, Luis Cárdenas Palomino, por um suposto plano de assassiná-la, informou a agência de notícias AFP.
As supostas declarações de um traficante de drogas que foi preso em setembro e se tornou testemunha da promotoria mexicana provocaram uma troca de acusações entre a revista Proceso e a rede Televisa.
O fotógrafo Marco Ugarte, da agência Associated Press (AP), foi agredido por seguranças de um shopping da Cidade do México durante um protesto, no fim de semana, contra o uso de peles de animais, informou o Milenio.
O jornalista mexicano Luis Horacio Nájera recebeu em Toronto, no Canadá, o prêmio da organização Jornalistas Canadenses pela Liberdade de Expressão (CJFE, na sigla em inglês), por seu trabalho na violenta Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos, informou a agência EFE. O mexicano Emilio Gutiérrez Soto e outros três jornalistas de Camaraões, na África, também foram premiados, mas não puderam comparecer à cerimônia de premiação.
Pelo menos quatro jornalistas continuam desaparecidos no Estado mexicano de Michoacán, um dos centros da ofensiva governamental contra o tráfico de drogas, e não há avanços concretos na investigação por parte das autoridades federais e estatais, denunciou a Repórteres sem Fronteiras (RSF).
A Promotoria Especial para Crimes Contra a Liberdade de Expressão acusou três pessoas, duas delas policiais, de participação na tentativa de assassinato de um jornalista, informou o El Universal. Por motivos de segurança, o nome do profissional não foi divulgado.
A Fundação Rory Peck entregou seu Prêmio Martin Adler para o cinegrafista independente mexicano Arturo Pérez, premiado por seu trabalho jornalístico em Ciudad Juárez, epicentro da violência relacionada ao crime organizado no México.