Outro jornalista de Veracruz, no México, foi assassinado. Desta vez, enquanto estava sob proteção do Estado.
Com a ajuda do sistema SecureDrop, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) lançou uma plataforma digital pela qual jornalistas e outras pessoas ao redor do mundo podem ser contatados com segurança para receber informações ou reclamações sobre violações à liberdade de imprensa.
O jornalista Manuel Torres González, de 45 anos, foi baleado na cabeça (quando estava de costas) em 14 de maio, depois de sair de um escritório estadual na cidade de Poza Rica, no norte de Veracruz, conforme relatado pelo Milenio, citando o procurador-geral de Veracruz.
A medida que os ataques cibernéticos contra jornalistas e organizações de notícias ficam mais comuns, também surgem mais cursos sobre segurança cibernética e guias para a proteção digital. Contudo, de acordo com uma pesquisa que analisou o tema, a maioria dos jornalistas não estão tomando as medidas necessárias para se protegerem.
Quatro ex-funcionários do extinto Departamento Administrativo de Segurança (DAS) da Colômbia foram chamados para interrogatório pelo Gabinete do Procurador-Geral como parte da investigação sobre ameaças e tortura psicológica sofridas pela jornalista Claudia Julieta Duque, informou o jornal El Espectador. [Veja abaixo uma breve explicação sobre o escândalo do DAS]
O jornalista Ivan Pereira Costa foi baleado na porta de sua casa em Cujubim, Rondônia. Sua esposa, a também jornalista Ediléia Santos Silva, disse ao G1 que a tentativa de homicídio pode ter relação com o trabalho do marido.
A situação da segurança para a imprensa colombiana parece estar piorando em meio ao processo de negociação de paz entre o governo e grupos guerrilheiros do país.
O jornalista hondurenho Félix Molina, atacado duas vezes no dia 2 de maio, disse que está considerando a possibilidade de abandonar o país.
Em 2015, o México viveu um ataque contra jornalistas a cada 22 horas, fazendo com que fosse ano o mais violento para a imprensa do país desde 2009, segundo um relatório anual da organização pró-liberdade de expressão Artigo 19 México. Essa violência, juntamente com a impunidade generalizada subsequente, um estado que não oferece respostas, uma democracia fraca e agências de proteção de difícil acesso criaram uma cultura de medo entre os jornalistas do país, disse o relatório.
Em um relatório sobre direitos humanos na Guatemala publicado em 14 de março, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressou preocupação com os ataques nos últimos meses contra jornalistas que investigam corrupção, administração pública e violações de direitos humanos.
Jornalistas da Guatemala condenaram o assassinato de um diretor de rádio de 32 anos e instaram as autoridades a dar atenção ao desenvolvimento de um programa de proteção a jornalistas.
Associações de jornalistas salvadorenhas disseram que o recente assassinato do jornalista de rádio Nicolás Humberto García está diretamente relacionado a seu trabalho. As associações fizeram um chamado ao governo para realizar uma investigação exaustiva do crime e implementar medidas para proteger os comunicadores.