O ex-prefeito de Silao (estado de Guanajuato, México), Enrique Benjamín Solís Arzola, foi detido na sexta-feira, 11 de março por sua suposta participação no ataque à jornalista Karla Silva, do jornal El Heraldo de León, em 2014. Depois de uma longa audiência, o juiz local determinou a prisão preventiva de Solís por dois meses, período no qual deve concluir a investigação contra ele.
Depois que a Corte Provincial do Equador negou a apelação à ação de proteção interposta pela jornalista brasileira Manuela Picq no dia 1º de outubro, seu advogado anunciou que o caso será apresentado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Em meio aos casos de violência contra jornalistas no Brasil, que já contabiliza quatro assassinatos apenas este ano, entidades de defesa da liberdade de imprensa se uniram em torno de um projeto que busca coibir a impunidade nestes crimes. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) lançaram o "SOS Jornalista", um espaço para comunicadores denunciarem agressões e abusos de veículos de comunicação relacionados ao exercício profissional e receberem proteção do Estado.
Um mês depois dos brutais assassinatos do jornalista de Veracruz Rubén Espinosa, da ativista Nadia Vera e de outras três mulheres em um apartamento da Cidade do México, ativistas e jornalistas continuam lutando contra a impunidade e pela liberdade de expressão.
No marco da campanha ‘Jornalismo em Risco’, a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) acaba de lançar o projeto J-Pro, que busca explicar e avaliar as políticas estabelecidas pelos governos da Colômbia e do México em matéria de proteção a jornalistas em risco.
O assassinato do fotojornalista Rubén Espinosa no último dia 31 de julho, na Cidade do México, foi sem dúvida um ponto de ruptura em matéria de segurança para jornalistas mexicanos. Por isso, seus colegas continuam promovendo ações para exigir que o crime não fique impune e que o Estado mexicano dê proteção aos jornalistas.
Completando 15 anos neste mês de agosto, o Programa de Proteção a Jornalistas da Colômbia (o mais antigo mecanismo desse tipo na América Latina) atravessa “um momento crítico”, segundo organizações de defesa da liberdade de imprensa. Dentre os problemas principais estão a falta de recursos econômicos e escândalos de corrupção.
O mecanismo de proteção para jornalistas no México foi o segundo criado na região. No entanto, depois de três anos de existência, a sua eficiência continua sendo questionada enquanto o número de assassinatos aumentam. Esta é a primeira reportagem de uma série sobre os mecanismos de proteção criados por governos na América Latina.
Quando um grupo de homens entrou no escritório de El Heraldo de León em Sillao, em setembro passado, ameaçando e agredindo a repórter Karla Silva, o caso se tornou emblemático para a campanha de aprovação de uma lei de proteção para jornalistas no estado de Guanajuato.
O recente assassinato de María del Rosario Fuentes Rubio, uma médica e jornalista cidadã conhecida no Twitter por suas informações sobre a atividade do cartel no norte do México, abalou jornalistas que trabalham em redes de notícias cidadãs na região do estado de Tamaulipas.
Depois do espancamento de um jovem jornalista, um chefe de polícia está foragido e jornalistas se mobilizam em prol da liberdade de expressão em todo o México.
No domingo, 23 de fevereiro, jornalistas de diversos veículos se manifestaram em mais de 20 cidades do México em oposição à insegurança enfrentada pela imprensa no país e em especial no estado de Veracruz, de acordo com a revista Proceso. O protesto principal ocorreu no entorno do Monumento à Independência no Distrito Federal, onde foram distribuídas imagens dos 88 jornalistas que assassinados desde 2000.